quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Quebra dos fios e porosidade: qual a ligação entre elas?

Fonte

Por Chinwe, do Hair and Health, via BGLH

(Este artigo foi inspirado em uma conversa que tive com uma adorável natural, minha irmã, Jacqueline)

Para algumas naturais, o cabelo na área da coroa é mais suscetível à quebra do que o de outras partes da cabeça. A origem dessa suscetibilidade pode ser algum tipo de trauma ou dano nos folículos capilares. Por outro lado, a origem pode estar em um nível mais superficial, como uma diferença de textura, densidade ou padrão de cachos do cabelo em diferentes regiões do couro cabeludo.

As possibilidades acima e muitas outras já foram mencionadas anteriormente em artigos sobre cuidados com os cabelos. Contudo, uma possibilidade que é raramente discutida é a de que a quebra na área da coroa seja devida à alta porosidade dos fios. Vamos falar sobre isso hoje.

1. O que é porosidade?
Muitos de você já devem saber o que é porosidade, mas aqui vai uma breve explicação para aqueles que nao sabem.

A camada mais externa do fio de cabelo é chamada de cutícula. Ela essencialmente protege o córtex (a camada mais interna do fio). A cutícula é composta por numerosas escamas que se sobrepõem umas às outras, como que deitadas, ou então um pouco mais levantadas, o que influencia na troca de água (hidratação) entre o córtex e o ambiente externo. É aqui que a porosidade entra em cena.

Algumas naturais tem fios relativamente porosos devido às escamas da cutícula que são levantadas ou, em casos extremos, que estão danificadas ou faltando. Outras naturais tem fios quase impermeáveis ou baixa porosidade devido às escamas que são bem deitadinhas umas sobre as outras. Finalmente, há também aquelas que se encontram num meio termo, o que algumas pessoas chamam de porosidade normal.

2. Como a porosidade e a quebra estão relacionadas? 
Assim como seus fios de cabelo, ao longo da cabeça, podem ser uma mistura de diferentes texturas (fino e áspero), padrões de cacho (4A e 3C, por exemplo) e densidades (alta e baixa), eles também podem apresentar uma mistura de porosidades, principalmente depois de passar por danos. Por exemplo, enquanto o resto do seu cabelo pode ter baixa porosidade, a região da coroa pode ter porosidade mais alta. Consequentemente, podem ser necessárias duas formas diferentes de cuidar dos cabelos: uma para a região da coroa e outra para o resto do cabelo. Sem levar isso em consideração, pode-se acabar cuidando desta região da coroa de forma inapropriada (achando que toda a cabeça tem baixa porosidade), o que pode levar á quebra nesta região.

Algumas de vocês podem perguntar “O que causa a diferença de porosidade entre a coroa e o resto do cabelo?”. Bem, uma possibilidade pode ser a exposição direta aos raios ultravioleta do sol, como discutido nesta postagem da Shelli, do Hairscapades. A ideia é que, por conta desta exposição direta aos raios, a área da coroa é mais suscetível a danos em um nível estrutural. Quais são as outras possibilidades? Minha irmã cogitou a possibilidade de dano devido à exposição ao calor (por exemplo, anos usando aqueles secadores de pé). Há alguns estudos que associam altas temperaturas com este tipo de dano (Annals of Plastic Surgery, Junho de 2000; Volume 44, Nº. 6, p. 581-90). Eu também acrescentaria uma terceira possibilidade: danos no folículo capilar devido a anos de uso de relaxamentos. Dito isto, sabemos que dano neste nível (do folículo) pode causar prejuízo no crescimento dos cabelos, fios mais fracos e diferença de textura. Danos neste nível poderiam também afetar porosidade, desde o ponto em que o fio de cabelo começa no folículo capilar? Hmm...

3. O que se deve fazer para reduzir a quebra na area da coroa que está ligada à porosidade?
Assumindo que a sua coroa seja mais porosa (e com tendência ao ressecamento) do que o resto do cabelo, é uma questão de ajustar a sua rotina de cuidados à esta diferença. Algumas possibilidades de ajuste voltadas para esta região porosa da coroa são: incorporar tratamentos com proteína , evitar o uso de calor e manipular o cabelo de forma gentil. Para mais detalhes, confira esta postagem do BGLH.

Antes de qualquer coisa, procure saber o que há nessa região da coroa que a faz ter mais probabilidade de quebrar. Por favor, consulte um dermatologista para descartar qualquer tipo de problema médico.


* * *

Como boa e velha natural, não estou livre disso. Desde o início da minha jornada percebi que a região da coroa, ou o topo da minha cabeça, era completamente diferente das laterais e da parte de trás: ela não forma cachos em forma de espiral, os fios são mais grossos e ásperos e com uma forte tendência ao ressecamento. A estratégia que eu encontrei para reduzir a possibilidade de quebra destes fios foi caprichar mais na quantidade de óleo e creme na finalização, deixar a máscara de hidratação agir por mais tempo e usar máscaras com proteínas regularmente, mas com parcimônia.


E você, nota essas diferenças nos seus cabelos? Como você lida com elas?

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Sobre os tipos de cachos


Vira e mexe, recebo perguntas das leitoras que querem saber o meu tipo de cabelo. Eu sempre respondo que ele é crespo-encarapinhado, que é o que, de fato, ele é. Mas eu sei que, no fundo, as pessoas querem saber onde meu cabelo se encaixa na classificação alfanumérica criada pelo Andre Walker e perpetuada pelo site Naturally Curly. Sim, aquela classificação que divide os cabelos de acordo com o tipo de cacho, em 2B, 3A, 3B, 4B etc.

Lá no início do blog eu contei que não gostava dessa classificação e como ela perdia importância quando aprendíamos a lidar com o cabelo que realmente temos na cabeça. Outras meninas tiveram a mesma percepção que eu como, por exemplo, a Claudia e a Rosangela, moderadoras do grupo CrespiiiiissimO.os do Facebook.

Ainda assim, é difícil de as naturais se desligarem dela porque é uma das primeiras informações que aparecem nas buscas sobre cabelos na internet. Contudo, percebo que, conforme essa classificação perdura, mais e mais as minhas impressões negativas sobre ela são confirmadas.


Vez ou outra, vejo naturais se perguntando o que um "cabelo do tipo 4" é capaz. Muitas vezes, quando aparece uma imagem de um cabelo que supostamente seria do tipo 4 mas faz algo ou é de um jeito “não previsto” para aquele tipo, duvida-se se realmente pertence a esta categoria, ou se seria um 3C, por exemplo.

Isso é o reflexo da hierarquia de tipos de cabelo que a classificação alfanumérica produz no imaginário das naturais. Se antes muitas meninas de tipo 4 se frustravam porque gostariam que seu cabelo fosse 3C, hoje muitas não acreditam que os cabelos tipo 4 ofereçam tantas possibilidades quanto parecem mostrar – crescer, “tombar”, ser esticado temporariamente para fazer penteados diversos, etc.

Acredito que em parte isso tenha sido gerado pela dificuldade em enquadrar os cabelos em cada uma dessas categorias, porque elas não dão conta da variedade dos nossos cabelos. Afinal, o que é um cabelo 4A, 4B ou 4C? Nem o próprio site do Naturally Curly parece ter chegado a uma conclusão. As imagens mais recentes que o site divulga sobre os tipos de cabelo são bem diferentes das fotos antigas publicadas pelo mesmo site, nas quais muitas naturais mais "antigas" se basearam para definir seu tipo de cacho. E mais diferente ainda das fotos das celebridades que eles dão como amostra de cada tipo de cabelo.

Por exemplo, a Naptural85 enquadra seu cabelo no tipo 4A. Mas ele é bem diferente da foto presente no site do Naturally Curly. Eu acho meu tipo de cacho bem parecido com o da Naptural85, guardadas as nossas diferenças em termos de produtos e finalização. Mas, de acordo com a foto do site, nem eu nem ela seríamos tipo 4A!

Fonte e fonte

Outra blogueira gringa cabeluda é a Alicia James, que entende seu cabelo como 4B. Eu acho o cabelo dela muito parecido com o da Rosangela, em termos de cachos. Mas a foto de referência do Naturally Curly não mostra com clareza o tipo de cacho da modelo (além das diferenças óbvias de formato de corte e comprimento, que também influenciam bastante no visual final) pra sabermos o que de fato é um cabelo 4B.

Fonte, fonte e fonte

E finalmente, o tipo que mais causa discórdia: o 4C. Inicialmente ele, nem existia na classificação do Andre Walker. Foi, na verdade, criado pelas leitoras do site, por "maioria de votos", digamos assim. Elas perceberam que seus cabelos encarapinhados não se enquadravam em nenhum dos tipos previstos e criaram um novo (o mesmo aconteceu com o tipo 3C). Por isso mesmo, muita gente até hoje não sabe o que é um cabelo 4C, e acaba achando que qualquer cabelo encarapinhado que, visualmente, não tenha cachos é um 4C. Ou, ao contrário, acreditam sim que o 4C forma cachos, o que deixa as meninas com fios que não formam cachos em dúvida sobre seu tipo.

Conclusão
Independentemente do tamanho dos nossos cachos, nossos cabelos de herança afro são encarapinhados. Logo, não é o nosso tipo de cacho que determinará sozinho o tratamento que devemos ter com eles. Talvez para pessoas com cabelos genuinamente cacheados, com fios de superfície lisa, o tamanho do cacho seja mais importante. Mas, para nós, precisamos ter em mente que nosso tipo de fio, a sua espessura, sua porosidade, são fatores de extrema importância no que se refere a formas de cuidar e de manusear nossos cabelos. Todas nós podemos ter o comprimento que desejarmos, ou criar os mais diferentes estilos, desde que demos aos nossos cabelos o nível ideal de hidratação e proteção que eles requerem. E sim, nossos cabelos encarapinhados podem muito mais do que sempre disseram pra gente, e não se limitam às imagens “oficiais” do Naturally Curly.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Disciplina e paciência


Há alguns dias, escrevi uma postagem sobre dicas para ter um cabelo comprido. E, não sei se vocês repararam, em nenhum momento eu mencionei produtos específicos que devessem ser usados. As dicas envolveram apenas técnicas ou procedimentos, que podem necessitar de produtos, mas que não exigem uma marca determinada para que dê certo.

O mais interessante é que, originalmente, a lista tinha 7 dicas! Na última hora, eu resolvi reduzir para cinco, e reservei as últimas duas para uma postagem exclusiva, devido à sua importância e devido ao fato de elas não necessariamente se limitarem ao objetivo específico de ter um cabelo grande.

E o que é tão importante assim? Disciplina e paciência!

Disciplina: a importância de uma rotina consistente
Nós aprendemos em nossa jornada capilar que um produto cosmético sozinho não faz milagre. Um cabelo bonito e saudável demanda um conjunto de procedimentos, como vimos na última postagem. É importante lembrar que estes procedimentos fazem parte de uma rotina, e por isso precisam ser colocados em prática sempre. Sempre que for lavar, em todas as lavagens, os cabelos devem ser manipulados com gentileza. Os cabelos devem ser protegidos todas as noites ao dormir. Os penteados protetores não podem ser ocasionais. Mais do que produtos caros ou de marca, uma rotina sólida contribui muito para os resultados com os cabelos a médio e longo prazo. E isso também vale para o que colocamos dentro do nosso corpo. Alimentar-se corretamente e beber a quantidade certa de água diariamente não devem ser atitudes esporádicas - não só para a saúde dos cabelos, mas para o seu corpo como um todo. Por isso, é muito importante aperfeiçoarmos nossa disciplina e incorporarmos hábitos (capilares ou não) saudáveis ao nosso dia a dia.


Paciência: desenvolvendo a filosofia zen capilar
A paciência é simplesmente fundamental - e principalmente para cabelos crespos e encarapinhados, que se danificam muito mais facilmente e, consequentemente, requerem atenção especial para melhorarem sua condição. Devemos exercitar a nossa paciência em diferentes momentos da nossa rotina de cuidados: ao desembaraçar, ao esperar o tempo de ação dos produtos, ao esperar o cabelo secar. Também é preciso ter paciência para sentir os efeitos da rotina consistente que decidimos adotar. Por último - e, pode parecer óbvio, mas nem sempre a gente tem isso em mente o tempo todo - é preciso ter paciência de esperar o cabelo crescer. E crescer cabelo não significa apenas ganhar comprimento, mas também renová-lo: é, antes de tudo, livrar-se de eventuais partes danificadas e passar a lidar com um cabelo novo, não desgastado por procedimentos incorretos. Os cabelos crescem, em média, um centímetro por mês. Não há forma de acelerar o crescimento dos fios, pois isto é determinado pela genética. Isso significa que, se você tiver feito o big chop e cortado o cabelo bem curto, ele só chegará na altura das costas, quando esticado, depois de uns 3 anos! Enquanto isso, aproveite seu cabelo da melhor forma nas diferentes fases pelas quais ele passará.


Disciplina e paciência não são recomendações apenas para quem quer cabelos compridos. Nem para quem tem cabelos crespos ou encarapinhados. Disciplina e paciência são recomendações fundamentais para todos os tipos de cabelo e para todos os objetivos que tenhamos em relação às nossas madeixas. Mesmo que você não queira cabelos compridos, com certeza vai querê-los saudáveis - e, assim como a saúde do seu corpo, a saúde dos cabelos precisa de atenção.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Balanceando hidratação e reconstrução

Fonte

Já contei algumas vezes aqui no blog a minha relação de amor e ódio com máscaras que contém proteínas. Embora a importância da etapa de reconstrução, no tratamento com os cabelos, seja tão enfatizada pelas naturais de blogs e grupos do Facebook, eu raramente me acertava nesse quesito. Pesquisando em blogs e sites gringos, descobri que não era a única a ter problemas com proteínas. Algumas meninas relataram que seus cabelos eram sensíveis a proteínas e que facilmente enrijeciam e partiam após o uso de produtos contendo esse ingrediente. 

O problema é que meus fios são compridos, e, portanto, “velhos”. Se a gente pensar que o cabelo cresce um centímetro ao mês, um fio com 40cm de comprimento tem mais de 3 anos de idade! Cabelos compridos são, naturalmente, mais expostos às agressões do dia a dia simplesmente porque existem há mais tempo. Eles vão perdendo a proteção natural das cutículas e sofrendo o desgaste esperado para um cabelo deste tamanho. Por isso, eu sinto que meus fios, por vezes, ficam mais elásticos e necessitam mesmo de uma máscara voltada para reconstrução, que contenha algum tipo de proteína.

Mas aí bateu o dilema: como usar máscaras reconstrutoras quando meus cabelos “pedem” por elas, mas sem danificá-los?

Resultado do mau uso da máscara de reconstrução!
A quebra ocorreu na parte mais encarapinhada do cabelo...

Espaçando o uso da máscara
Enquanto cabelos quimicamente tratados (alisados, descoloridos) necessitam de reconstruções mais frequentes, cabelos totalmente naturais já resistem mais tempo sem elas. Dificilmente um cabelo natural sem grandes danos precisará de mais do que uma aplicação de máscara reconstrutora por mês. Por via das dúvidas, comece com intervalos bem grandes de tempo entre uma aplicação e outra e vá reduzindo à medida que seu cabelo for pedindo. Como as máscaras variam em quantidade de proteínas, se você por acaso estiver usando uma máscara mais potente, este espaço de tempo maior entre um uso e outro pode ser mesmo necessário para não sobrecarregar os fios.

Utilizando uma máscara emoliente antes da máscara reconstrutora
Cabelos encarapinhados, principalmente aqueles de fio mais grosso, tem uma necessidade naturalmente grande de produtos emolientes. As máscaras reconstrutoras geralmente dão o efeito contrário, já que funcionam como um “cimento” para os pedacinhos que estão desgastados nos fios. Usar uma máscara hidratante para desembaraçar os fios antes e separá-los em seções garante a emoliência que os fios necessitam. Após o tempo de pausa recomendado, basta enxaguar e seguir com a máscara reconstrutora. Desta forma, será fácil respeitar o tempo de ação recomendado, já que as mechas já estarão pré-divididas e desembaraçadas para serem facilmente enluvadas.

Aplicando a máscara ou condicionador com proteínas do meio para as pontas
Outra forma de garantir que os seus fios como um todo não sofram com o excesso de proteínas e priorizar apenas as partes que mais necessitam é aplicando o produto apenas do meio para as pontas dos fios. Obviamente, as partes mais antigas e mais desgastadas dos fios são as pontas, e é lá que este tratamento deve ser concentrado caso seus cabelos já tenham um comprimento superior a 25 cm (mais de dois anos de idade). Este método é bem interessante se o seu cabelo mostra sinais de que precisa de reconstrução com certa frequência, mas mesmo assim a parte “nova” dos fios (próxima à raiz) fica propensa à quebra com a aplicação da máscara reconstrutora.

Priorize suas pontas

Atualmente, eu acabei combinando estas três formas de aplicar a máscara reconstrutora. Uso a máscara Anti Age uma vez ao mês, quando lavo o meu cabelo com xampu anti-caspa. Utilizo primeiro uma máscara emoliente para desembaraçar os cabelos, enxáguo e aí sim uso a máscara voltada para reconstrução. Como meus fios já estão desembaraçados, a aplicação da Anti Age é jogo rápido! Eu priorizo sempre a parte do meio para as pontas, em termos de quantidade de produto e também ao enluvar, e procuro não exceder o tempo de ação recomendado para não correr o risco de sobrecarregar os meus fios.


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E você, tem problemas com a etapa de reconstrução?
Quais estratégias você usa para minimizar os efeitos negativos das proteínas nos seus cabelos?

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

5 dicas para um cabelo comprido



Um dos mitos relativos ao cabelo naturalmente crespo ou encarapinhado é o de que ele não cresce. Contudo, a gente sabe que ele cresce como qualquer outro tipo de cabelo! Eu também achava que meu cabelo não crescia, até que assumi outra postura em relação aos cuidados com os fios. 


1 – Cuidado ao pentear e manipular os fios
Os cuidados na manipulação dos fios começam na hora da lavagem. Antes de aplicar o xampu, é imprescindível separar o cabelo em seções, que deverão ser mantidas separadas até o momento da finalização. O número de partes nas quais o cabelo será dividido varia de acordo com o comprimento e a densidade dele. Vá experimentando até encontrar a quantidade de seções que seja mais fácil para você. É importante também começar desembaraçando os cabelos das pontas até o meio do comprimento, em só então pentear a raiz, movendo os nós para a extremidade dos fios. Esse processo serve para quando se usa pentes, escovas ou mesmo os dedos.

2 – Penteados protetores
Muitas vezes nossos cabelos crescem até determinado ponto e parecem parar de se desenvolver. Isso pode ocorrer porque, em certo comprimento, os fios começam a sofrer com o atrito com os seus ombros, suas roupas e, pouco a pouco, vão se desgastando a partir das pontinhas no mesmo ritmo em que crescem na raiz. Uma forma de amenizar isso é fazendo penteados protetores, ou seja, penteados que prendam o cabelo de forma que as pontas fiquem protegidas das agressões externas (vento, poeira, poluição, baixa umidade) e longe do atrito com seu corpo.

3 – Proteger o cabelo na hora de dormir
Nós passamos 8 horas com a cabeça no travesseiro, rolando pra lá e pra cá. Imagina o quanto os cabelos não sofrem com esse esfrega-esfrega!... Uma forma de evitar isso é protegendo os cabelos na hora de dormir, seja prendendo-os, providenciando uma fronha de tecido mais liso (cetim, seda), ou ainda colocando uma touca ou um lenço de tecido sintético envolvendo a cabeça.


4 – Método LOC
Cabelos crespos e encarapinhados tendem ao ressecamento e ressecamento é sinônimo de quebra dos fios, que leva à estagnação do comprimento. O método LOC é uma estratégia de finalização para manter os fios hidratados por mais tempo. Ele consiste em três passos: aplicação de um líquido (que pode ser água pura, misturinhas com aditivos ou ainda com um leave-in à base d’água), de um óleo (vegetal, de preferência) e um creme (que pode ser um leave-in ou condicionador de consistência mais grossa ou uma manteiga vegetal). Após a aplicação dos três passos, o cabelo pode secar naturalmente e, mesmo depois de alguns dias, você perceberá que ele ainda se mantém hidratado como no day after!

5 – Cortar somente quando necessário
Para quem quer deixar o cabelo crescer, cortar o cabelo a cada dois meses pode ser um pouco demais – a parte cortada vai acabar correspondendo aos centímetros ganhos na raiz durante esse período. Se o seu objetivo é ter cabelo comprido, os cortes devem ser feitos apenas em caso de necessidade, ou seja, quando as pontas dos seus fios estiverem mostrando sinais de danos. Porém, se você segue as dicas acima, os danos aos seus cabelos serão reduzidos drasticamente, o que significa que você não terá a necessidade de cortar com tanta frequência assim. Aparar as pontas a cada 6 meses, tirando no máximo dois centímetros de cabelo, pode ser uma boa medida para cortes. Neste meio tempo, se você achar alguma ponta dupla ou nó de fada, pode usar a técnica do “procurar e eliminar”, que é cortar apenas a pontinha daquele fio com problema.


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Especialmente se você tem cabelos crespos encarapinhados, a jornada pelos cabelos compridos pode ser longa, mas com certeza é muito gratificante.

Ter cabelo grande está nos seus planos? O que você tem feito em prol do seu objetivo?


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O tutorial de cabelos mais fofo do Instagram!

Riley ensina a fazer um penteado moicano no Instagram
Assista ao vídeo


Via Huffington Post (tradução e adaptação minhas)


Navegando pelo Instagram semana passada, nós topamos com o mais fofo tutorial para cabelos. Riley, 3 anos de idade, estrela o vídeo de 15 segundos, no qual ela explica como fazer o seu penteado de falso moicano (e nós mal conseguíamos colocar tic tacs no nosso cabelo nessa idade).

A pequena lançadora de moda, que é de Houston, Texas, explica o seu penteado em quatro simples passos:

1. Comece com um twist-out
2. Coloque grampos dos dois lados
3. Levante suas raízes
4. Ria sem parar

O ultimo passo não é apenas superfofo; ele também nos lembra que não devemos ficar frustradas com nosso cabelo e que devemos sempre nos divertir com ele.

Que seus cabelos estejam em um penteado, enfeitados com laços ou cobertos por um turbante, fica claro que Riley ama seu cabelo do jeito que ele é. Sua mãe, a fotógrafa Christin Armstrong, disse ao HuffPost Style: “Ela está sempre contente com os resultados. Elas sempre se beija e diz que está bonita.” 

(…)

A lição mais importante que aprendemos com a mãe da Riley? Sempre diga à sua filha o quão bonito é o cabelo dela.

Ela explica: “O melhor conselho que posso dar a outros pais é não comparar o cabelo da sua filha com o de outras pessoas. Riley não tem cachos abertos nem cabelo batendo na cintura, mas nós amamos o cabelo dela da mesma forma! Ensine às suas crianças quem eles são desde sempre. Diga que são bonitas sempre. Não apenas quando estão arrumadas. Não apenas quando seu cabelo estiver penteado. Diga sempre. Não deixe que ninguém as convença do contrário.”

Riley posando para o Instagram
Fonte
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Muito mais importante que qualquer penteado, é o recado que a mãe nos passa. Será que as dificuldades ao lidar com o cabelinho da sua pequena natural não são fruto de de uma expectativa fora da realidade? 

Sua filha é perfeita e o cabelo dela também é. Ame-a e faça com que ela se ame também. Afinal, é isso que queremos ensinar às nossas crianças.

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E você, já elogiou o cabelo da sua filha hoje? :-)

sábado, 4 de janeiro de 2014

Minhas máscaras de tratamento favoritas



E para terminar a série de postagens sobre a minha nova rotina capilar, desta vez vamos falar de máscaras de tratamento!

Voltar a usar máscaras foi talvez a maior mudança na minha rotina. Antigamente, eu "pulava" esta etapa por causa da economia de tempo: quanto menos coisas fizesse com o cabelo, mais rápido seria todo o processo. Contudo, percebi que ao mesmo tempo em que evitava a máscara lançava mão de outros "artifícios": aplicar óleo na raiz, borrifar a misturinha de água com pantenol, enfim... Eu estava economizando tempo de um lado e gastando de outro! Além disso, meus cabelos chegaram em um comprimento e densidade que os aditivos não estavam mais dando conta. Por isso, aboli todos os "extras" e me ative, novamente, ao básico: xampu, máscara e  LOC para finalizar. Sem mais pantenol, sem mais massagens com óleo, sem mais nenhum aditivo. 

Por ter ficado tanto tempo sem usar máscaras de tratamento, tive que revisitar algumas velhas conhecidas e descobrir outras novas. No momento, as minhas favoritas são essas:




Masquintense (Kérastase) - simplesmente deliciosa! Deixa meu cabelo incrível, macio, super definido - e, por isso mesmo, super encolhido também! De todas que uso atualmente, é a máscara mais emoliente. É também a que mais rende: um pouquinho já dá conta de cada mecha do meu cabelo, cobrindo os fios e permitindo um pentear muito fácil. É a favorita do momento!




Relaxima Care (Matrix) - é uma máscara que sempre funcionou muito bem no meu cabelo. Apesar de conter óleos e manteiga de karité, não deixa os fios oleosos nem engordurados. Ela tem um modo de ação bem interessante: quando aplico, não sinto lá grandes efeitos da máscara. A mágica só acontece no dia seguinte, quando percebo que meus fios ficam mais brilhosos, muito maleáveis e os cachos mais alongados. E essa última parte é realmente algum tipo de bruxaria, porque o produto dá peso aos cachos "sem pesar"! Está sempre no meu estoque! 





Biolage Hidrathérapie (Matrix) - fiquei muito tempo sem usar esta máscara e, quando fui na loja procurar por ela desta vez, percebi que mudaram a embalagem. Agora ela é Aqua-imersão! A consistência também ficou mais firme, mas a ação dela, se mudou, foi apenas para melhor! Deixa os cabelos muito gostosos após a aplicação. Também estará sempre no meu estoque, de hoje em diante!





Anti Age (Amend) - esta máscara e eu vivemos numa relação de amor e ódio, numa linha muito tênue entre necessidade de usá-la e vontade de jogá-la no lixo! Finalmente eu descobri uma forma de usar a Anti Age sem destruir meus cabelos. Como falei na postagem sobre xampus, quando uso o Head & Shoulders, que tem sulfato, uma vez ao mês, uso uma máscara com proteínas. A eleita é justamente a Anti Age, até por falta de vontade de pesquisar outras máscaras com a mesma função. Contudo, eu percebi que o "truque" para que esta máscara desse certo no meu cabelo era associá-la a uma outra máscara, mais emoliente.


Até aí nenhuma, novidade, muita gente faz a reconstrução e após uma hidratação. Mas, no meu caso, a máscara emoliente precisa ser usada ANTES da Anti Age! Eu uso qualquer máscara que seja emoliente para desembaraçar todo o cabelo, deixo agir, com os fios separados em mechas e enxáguo. Só então parto para a Anti Age, tentando não ultrapassar muito o tempo de ação recomendado (com os fios já desembaraçados, isso não se torna tão complicado). Agora sim eu posso dizer que ela não vai mais sair do meu estoque!




Além dessas que eu mencionei, ainda uso outras máscaras que são boas, mas não são ótimas. São elas a Biolage Forthetérapie (Matrix) e a Oro Argan (Bioderm). Em cada lavagem eu costumo usar uma máscara diferente, ou pelo menos a que "me dá na telha" naquele dia. Só a Anti Age que eu reservo para quando uso o xampu anti caspa com sulfato, uma vez ao mês. Como já deve ter dado para perceber, eu uso máscaras em todas as lavagens, após o xampu. Condicionadores simplesmente não valem a pena para o meu cabelo - eu prefiro deixá-los para a função de leave-in.



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E você, já elegeu as suas máscaras de tratamento favoritas para 2014?

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Meus novos xampus favoritos



Mais uma vez venho falar dos produtos que venho usando na minha rotina capilar atualmente. Dessa vez vim comentar sobre os xampus!

Felizmente, os xampus que usava antigamente não mudaram de composição! Eu refiz a minha seleção de favoritos por dois motivos: melhor desempenho e maior facilidade de compra. Então, seguem os três xampus que venho usando, de forma alternada, atualmente.



Oro Argan (Bioderm) - o primeiro xampu sem sulfato facilmente encontrado em farmácias, mercados e lojas de produtos para cabelos ainda é o meu xampu favorito. Nem tem muito o que falar: ele é muito suave e tem um cheirinho ótimo. Só não é mais suave que o "primo" Oro Argan Monoi. Ainda assim, continua sendo o meu número um pelo motivo que vou explicar mais adiante.







Oro Argan Monoi (Bioderm) - um xampu super suave, o ressecamento que ele causa é próximo de zero! Ele tem a mesma fragrância do condicionador da linha e forma realmente o par perfeito para ele. Depois de muitos (muitos!) meses usando exclusivamente este xampu, percebi um aumento significativo na quantidade de caspas. Não sei se foi devido a uma mudança de clima, a uma alteração hormonal do meu corpo ou ao xampu de fato, mas resolvi dar um tempo e voltei para o Oro Argan branco. Apesar de ser mais hidratante que o outro, esse incidente das caspas o fez ser meu "número dois".




Head & Shoulders Anti Coceira (Procter & Gamble) - o quê?? Um xampu com sulfato? Pois é, depois do episódio das caspas descontroladas causadas pelo Oro Argan Monoi eu corri na farmácia e comprei um xampu anticaspas! Mas e aquela estratégia das massagens com óleo de rícino no couro cabeludo? Bom, eu realmente não quis lançar mão dela por dois motivos. O primeiro foi a falta de tempo - na época, eu só podia cuidar do cabelo uma vez na semana e por um período bem delimitado de tempo, então quanto menos passos na minha rotina de cuidados semanais, melhor a minha vida social! O segundo foi o fato de achar que mais óleo pudesse piorar minha situação, já que supus que uma das possíveis causas da caspa fosse o fato de a linha Oro Argan Monoi ter mais óleos em sua composição.




Bom, o fato é que eu usei o H&S e gostei MUITO do efeito dele. Meu couro cabeludo ficou incrivelmente limpo por 7 dias (7 dias!), não coçou nem descamou e ainda fiquei com uma sensação geladinha após a lavagem. É claro que, como todo xampu com sulfato, ele sai levando meu cabelo ralo abaixo. Por isso, eu uso apenas uma vez ao mês, no dia em que escolho usar uma máscara com proteínas.





EXTRA! >>> Máscara Antirresíduos Banho de Gelo (Haskell) - ok, ela não é xampu, mas é um bom produto para higienizar os fios quando meus cabelos estão limpos demais para verem uma "espuma", mas sujos demais para serem lavados apenas com água. Ainda que não use com regularidade, esta máscara fica sempre por perto, para estas ocasiões excepcionais.





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E os seus xampus favoritos, continuam os mesmos? Conte aqui nos comentários!