domingo, 29 de julho de 2012

Dúvidas das leitoras


A postagem de hoje não tem um tema específico. Resolvi fazer um apanhado de várias perguntas que foram feitas nos comentários. De repente a dúvida é comum a várias pessoas e eu, respondendo apenas nos comentários diretamente a quem fez a resposta, não consigo esclarecer a todas as leitoras. Olha só as perguntas que apareceram por aqui:

Quais produtos usar nos cabelos? Quais produtos são bons e quais são ruins? Quais você usa? Quais você indica? 
Para as que estão 100% naturais, com o cabelo completamente virgem e livre de químicas (inclusive coloração) eu acredito que seja necessário um xampu suave, de preferência sem sulfato, um condicionador de consistência grossa, recheado de óleos e extratos vegetais para ser usado com leave-in e uma boa máscara de hidratação. Isso aí é o básico do básico dos cuidados com o cabelo. 
Mas o que é bom e o que não é? Infelizmente só o seu cabelo responderá. Cada cabelo tem um gosto, uma necessidade, uma preferência e, embora existam produtos que agradam a muitas pessoas, eles nunca serão unânimes. 
Justamente por causa disso, eu não faço recomendação nem resenha de produtos. Sim, eu gosto de informar quais os produtos que eu uso ou usei para determinadas técnicas ou procedimentos, mas sempre procuro esclarecer que eles não são obrigatórios para a técnica X ou Y dar certo. Eles dão certo no meu cabelo, mas podem não dar no seu. Contudo, se você está completamente perdida, já pode ter algum parâmetro para começar a pesquisar que tipo de produto usará nos seus fios. 
Os produtos que eu uso você pode ver aqui

Você enxágua os condicionadores do cabelo?
Não.
Todos os condicionadores que eu cito no blog são usados como leave-in. Em outras palavras, eu lavo os cabelos, aplico o condicionador, desembaraçando e estilizando meus cachinhos e não enxáguo: eu deixo secar, como se fosse um creme de pentear comum. E aplico bastante quantidade, o suficiente para fazer aquela “espuminha” e o cabelo ficar com o branquinho do creme. Após secar, o branquinho sai (de fato, após uns 10 minutos de terminada a estilização ele já saiu!). 


Tem problema deixar condicionador no cabelo? 
Depende do condicionador. Depende do seu cabelo. Depende da sensibilidade do seu couro cabeludo e da sua pele. Depende da sua sensibilidade para cheiros. Em teoria, os condicionadores não foram pensados para serem deixados nos fios. Mas para pessoas com cabelos muito crespos e encarapinhados, ele acabou sendo uma solução muito mais eficaz do que os leave-ins normais, já designados para isso. Existem condicionadores que podem ser muito “fortes” para determinadas pessoas, causando irritação, coceira, deixando o cabelo muito pesadão, sem vida ou com resíduos visíveis mesmo depois de seco. Contudo, estes mesmos produtos podem ser ótimos para outras pessoas. Até hoje eu não tive nenhum problema com um condicionador que eu já não tenha tido com algum leave-in comum. 

Quantas vezes na semana devo lavar o cabelo? 
Isso também depende do seu cabelo e da sua rotina diária. Algumas pessoas sentem necessidade de lavar o cabelo todos os dias, o que eu não acho que seja realmente necessário a não ser que se pratique um esporte ou atividade que produza muito suor. Eu não recomendo lavar os cabelos com xampu todos os dias porque isso pode ressecar demais os fios. Se você precisa pratica algum esporte, por exemplo, pode lavar os cabelos com mais frequência usando um condicionador (fazendo a famosa co-wash), e depois prosseguir com sua estilização usual. O xampu pode ser usado uma ou duas vezes na semana, para uma limpeza mais efetiva. 
Eu não pratico esportes e uso o cabelo preso a maior parte do tempo, por isso lavo meus cabelos uma vez na semana, com xampu. Às vezes eu troco o xampu por um condicionador liberado para co-wash

Você segue a rotina de hidratação, nutrição e reconstrução? 
Não.
Por dois motivos: 1) não tenho tempo; 2) acho que meus cabelos não têm necessidades tão previsíveis a ponto de serem atendidas por um cronograma fixo de aplicação de produtos, e principalmente não tem tanta necessidade de proteínas (reconstrução). Prefiro deixar que eles me peçam aquilo que estão precisando. 



Tem alguma máscara de tratamento de marca comercial liberada para no poo ou low poo para indicar?
Bom, eu não sou muito adepta de máscaras de tratamento profundo, como falei acima. De marca comercial bem acessível, dessas de achar em qualquer farmácia ou mercadinho da esquina, eu descobri que a Elsève tem algumas liberadas para a técnica (Reparação Total 5, Liss Intense Extreme, Hidra-Max Colágeno, Solar, Colorvive, Nutri Gloss), assim como a Garnier (Stop Queda, Hidra Cachos). De marcas um pouco mais difíceis de achar ou que só se encontram em lojas de produtos cosméticos tem a Surya (máscaras da s linhas Orgânica de Frutas e Amazônia Preciosa) e a Amend (Anti Age, Eco Therapy)

Umectação é bom? 
Não sei!
Não faço umectações no meu cabelo, nem experimentei fazer. E isso por pura preguiça e procrastinação... Prometo que um dia eu faço! Quem costuma incluir umectação na rotina diz que traz resultados muito bons! 

Não entendi a técnica do LOC. Tenho que enxaguar os cabelos entre os passos L, O e C? 
Não!
O cabelo não deve ser enxaguado entre um passo e outro, ou o propósito da técnica se perde. 
Os cabelos devem começar lavados, ou seja, você higieniza com seu xampu ou faz co-wash, como de habitual, e inicia o LOC do jeito que eu descrevo aqui


Qual a diferença do pantenol para o Bepantol? 
O pantenol, ou d-pantenol, é o princípio ativo do produto comercial de nome Bepantol. 

Como aplico óleo de rícino no cabelo? Ele é muito grosso! 
Óleo de rícino exige mesmo uma certa prática. Você pode diluir o óleo de rícino em outro óleo mais ralinho (óleo de macadâmia, argan, jojoba, linhaça, amêndoas...). Eu aproveito e mato dois coelhos de uma vez só diluindo meu óleo de rícino em um pouquinho de óleo de eucalipto, jojoba e linhaça e colocando algumas gotinhas de óleo essencial de melaleuca (tea tree). Além de a misturinha ficar mais fácil de ser aplicada no cabelo, ela ganha propriedades antifúngicas e antibacterianas, prevenindo e tratando dermatites, ressecamento e descamação no couro cabeludo. 

Qual a quantidade das suas misturinhas de óleos e do borrifador para o passo L do LOC? 
Minhas misturas são todas feitas no olhômetro. Os óleos eu diluo até achar que está numa consistência que eu consiga aplicar no cabelo, sempre priorizando o óleo de rícino que é a estrela da mistura! No borrifador eu ponho uma quantidade de água que sei que será suficiente para molhar todo o meu cabelo e diluo mais ou menos uma colher de chá de glicerina e uma colher de chá de pantenol. 

Por que não pode misturar óleo no frasco de condicionador? 
Porque os cosméticos são formulados de maneira “perfeita”, ou seja, a adição de uma substância estranha pode, com o tempo, deteriorar o produto, trazendo resultados não tão bons ou até prejudiciais aos fios. Como nós não temos como saber se a adição do óleo X ou Y vai influenciar positiva ou negativamente nas propriedades de determinado condicionador ou máscara em longo prazo, é sempre bom misturar o óleo à quantidade de produto que será usada no momento. 


Você usa penteados protetores para fazer o cabelo crescer, mas vai ficar usando eles para sempre? 
Sim e não! 
O penteado protetor me dá a praticidade de não ter que estilizar meu cabelo todo dia pela manhã, antes de sair de casa, porque eu não tenho tempo para isso. Preso em um coque, meu day-after se resume a tirar o lenço de cetim da cabeça – o coque está intacto porque foi protegido pelo lenço durante a noite. 
Quando eu quero sair com visual diferente, tenho alguma festa, evento, enfim, e decido usar o cabelo solto, eu simplesmente solto o coque e uso ele solto. Mas cabelo solto não faz mais parte do meu dia-a-dia. 
Em teoria, o penteado protetor serve para ajudar os cabelos a ultrapassarem algum limite de crescimento que você tenha estipulado. Uma vez além desse ponto, não haveria mais necessidade de proteger o cabelo, pois o objetivo já foi atingido. Como eu sou uma pessoa sem objetivos, eu decidi que quero ver até onde meu cabelo pode crescer – e por isso pretendo continuar com meus penteados protetores em longo prazo. 

O que você faz no seu day-after
Normalmente nada, porque estou quase sempre de coque. Ele não desmancha à noite porque eu sempre – SEMPRE – durmo com lenço de cetim na cabeça. De manhã é só tirar o lenço e o coque está lá, como se nada tivesse acontecido! 
Se estiver usando os cabelos soltos, antes de dormir eu prendo em banding para proteger e ponho o lenço. De manhã, desfaço o penteado protetor que uso para dormir e conserto as pontinhas desmanchadas com um pouco de condicionador e água, como na foto abaixo: 

1. Meu cabelo ainda com banding;
2. A quantidade de condicionador que eu uso por mecha;
3. Só essas pontas serão consertadas, o comprimento não será manipulado;
4. Enluvo as pontas umedecidas com o condicionador e um pouquinho de água;
5. Corro os dedos por entre os fios para separar os cachos;
6. Separo um a um os cachinhos que ainda estão grudados.


Quem pode fazer low poo/no poo
Qualquer um cujos cabelos estejam ressecados, sem vida, aparentando que não respondem a tratamentos e produtos que costumavam dar certo. Pessoas com cabelos cacheados, crespos e encarapinhados, que são, naturalmente, mais ressecados. Pessoas com cabelos muito danificados por processo químicos e com fios mais fragilizados que não resistem a xampus com sulfatos. Ou seja, qualquer um pode fazer low poo ou no poo, basta experimentar! 

O que acontece se alguém que pratica low poo e no poo usar um produto que não é liberado? 
A primeira coisa que acontece é um sentimento muito grande de culpa... 
Ok, é brincadeira (mas tem um fundo de verdade). Depois disso, podem acontecer duas coisas. Pode acontecer nada, pode não fazer diferença usar um produto proibido uma vez. Mas se o produto proibido for usado com muita frequência, com muita regularidade ou de maneira indiscriminada, ele pode causar acúmulo nos fios e deixar o cabelo opaco, pesadão, com aparência de sujo. E para resolver isso, primeiro é necessário parar de usar o produto proibido. Em segundo lugar, é necessário usar um xampu (alguns dizem que tem que ser com sulfato; eu particularmente acho que não precisa ser com sulfato se forem feitas lavagens suficientes e os demais produtos da rotina foram totalmente liberados, 100% silicone free). 

O que você acha de coloração para cabelos crespos? 
Eu acho lindo, um espetáculo, mas sou muito medrosa e não tenho coragem de pintar os meus próprios. Acho que após um procedimento como esse, o cabelo careça de muito mais cuidado e carinho do que um 100% virgem, por isso é uma decisão que deve ser bem pensada antes de ser levada às vias de fato. 

Desembaraçar o cabelo seco, é sério isso? 
Como falei neste post aqui, existem pessoas que não conseguem desembaraçar o cabelo molhadão e cheio de condicionador. Isso só costuma funcionar pra quem tem um certo padrão de cachos mais consistente (meu caso, por exemplo). Para aquelas texturas muito encarapinhadas, que não apresentam cachos, desembaraçar o cabelo seco pode ser uma opção mais fácil e segura do que com o cabelo molhado. Então, se você tem cachos, essa técnica não deve servir, mas se você tem o cabelo carapinha legítimo pode dar uma chance a ela. 

O que você faz para deixar seus cabelos bonitos? 
Faço tudo isso que eu ensino no blog! :D



Tem mais perguntas? Pode mandar pelos comentários ou pela página do Ame seu Crespo no Facebook que, em breve, eu faço outro post de dúvidas das leitoras!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

“Posso tocar no seu cabelo?”


Se tem uma coisa que surpreende a gente é a textura do nosso cabelo real. Depois de tantos anos relaxando, alisando e escutando que ele é duro e parece palha de aço, quando nossos fios naturais começam a aparecer macios, brilhosos e hidratados na raiz, levamos um susto – pro bem, é claro! A nossa vontade de ficar passando a mão nos centímetros de cabelo virgem é quase irresistível porque a diferença é gritante – a raiz natural é infinitamente mais agradável ao toque do que o comprimento esticado e danificado. Quando o cabelo cresce e passamos de vez pela transição, podendo exibir aquela cabeleira 100% nossa, não podemos negar que chamamos a atenção por onde passamos – seja pelo tamanho do “afro” ou pelas incontáveis e minúsculas molinhas que ostentamos. 

Essa textura única não surpreende só a gente, mas a outras pessoas também. Por isso, somos muitas vezes pegas de assalto por alguém querendo colocar a mão no nosso cabelo. Toda natural tem uma história desse tipo para contar e as opiniões sobre o assunto se dividem: algumas não ligam e até acham divertido a curiosidade alheia sobre seus fios; outras detestam e acham uma imensa invasão de espaço alguém querendo tocar uma parte de seu corpo. 

As naturais que não se importam de terem o cabelo tocado se sentem lisonjeadas pela curiosidade, que na maioria das vezes vem seguida de vários elogios. Elas compreendem que cabelo crespo ou encarapinhado natural ainda é novidade para a maioria das pessoas, tanto em termos de atitude e coragem de quem decide usá-lo assim quanto em termos de sensação mesmo (será que é macio? Será que “espeta”? Será que é peruca?). Dessa forma, deixar-se tocar por outro, ainda que estranho, é uma forma desmistificar nossos cabelos e mostrar ao mundo que não somos ETs e que cabelo crespo natural não “morde”, podendo ser tão bonito e saudável quanto qualquer outro. 

Já as que repudiam mãos estranhas nos cabelos costumam se sentir invadidas em sua privacidade ou intimidade. Afinal, o cabelo é parte do corpo delas tanto quanto as pernas, os braços, o rosto – e, se pararmos para pensar, dificilmente encararemos numa boa um estranho abordar a gente na rua para perguntar “posso tocar nas suas coxas? Fora isso, muitas dizem se sentir como um animal de zoológico diante das reações negativas à recusa ao toque. Pois é, muitas pessoas se sentem ofendidas quando lhes negamos o direito de tocar em nossos cabelos, como se tivéssemos a obrigação de deixar! 

"Não toca no meu black!"

Apesar de eu tender mais para o grupo das que detestam mãos alheias nos cabelos, também compreendo e até mesmo concordo com os argumentos das naturais que gostam ou não se importam em terem seus cabelos tocados por outras pessoas. Eu costumo dizer que meu cabelo é só “pavê” e não “pacomê”, ou melhor, só para olhar e não para botar a mão. Mas ao mesmo tempo, eu não ligo que pessoas queridas ponham a mão nele, desde que pedindo permissão e da maneira correta: sem movimentos bruscos, sem correr os dedos por entre os fios, sem desmanchar os cachos, com as mãos limpas e secas... 

Acredito que, quanto às pessoas estranhas, antes de tudo, o toque precisa estar dentro de um contexto, precisa ter uma razão para acontecer. Fora isso, é necessário que se tenha educação e delicadeza no pedido. É muito legal quando uma pessoa nos faz um elogio e em seguida pede para colocar a mão nos nossos fios e podemos perceber que há uma atitude positiva nisso, que reconhece o carinho e a atenção que temos com nossos cabelos. Mas, ao contrário, é extremamente desagradável e ofensivo quando o toque vem sem aviso e percebemos que vem também acompanhado de expressões faciais e verbais de desdém, desqualificação ou repúdio ao nosso tipo de cabelo. 

Se você não gosta que ponham a mão nos seus cabelos, não sinta vergonha de falar. Seu corpo não é propriedade pública: você tem autonomia sobre ele. Agora, se você não liga quando isso acontece, preste atenção em quem põe a mão e de que maneira fazem isso. Não deixe que a sua gentileza se transforme em abuso cometido pelos “odiadores” do cabelo natural, nem lhes dê oportunidade de proferir piadas depreciativas através de você – até porque, com certeza, seus cabelos são lindos e não merecem o péssimo senso de humor de quem acha essas piadas engraçadas.

domingo, 22 de julho de 2012

Dicas para a transição


Um dos grandes problemas enfrentados por quem está passando pela transição do cabelo quimicamente modificado para o crespo ou encarapinhado natural é ter que lidar com a enorme diferença de texturas. Especialmente quando temos cabelos compridos quimicamente tratados e decidimos entrar em transição, um corte radical normalmente está fora de cogitação! Enquanto isso, o aparecimento da raiz encaracolada pode muitas vezes nos fazer sucumbir à "dependência química" já que o volume e o aspecto geral do nosso cabelo fica mesmo muito estranho.

Mas existem formas de administrar esse problema enquanto nos preparamos para o big chop, o grande corte que irá nos libertar dos produtos alisantes e irá revelar a verdadeira beleza dos nossos cabelos. Vamos ver algumas estratégias:

Twists
Já falamos sobre os twists como estratégia de diminuição do encolhimento dos cachos. Eles também são conhecidos como trança de dois ou trança de duas pernas. Têm a vantagem de não necessitarem de calor (o que é muito útil para preservar cabelos já fragilizados pela química). 
Twist-out

Os twists podem ser feitos em cabelos levemente úmidos (nunca encharcados!) ou secos. Em ambos os casos, é interessante que se aplique algum produtos que, além de hidratar os fios, proporcione alguma fixação. (leave-in, condicionador de consistência mais grossa ou gel suave). Os cabelos devem ser deixados em twists até que sequem completamente, por isso muitas meninas preferem fazê-los à noite, antes de dormir, e soltar os fios no dia seguinte pela manhã. O twist-out é o resultado obtido após os twists serem soltos. Dependendo da espessura das mechas que foram enroladas em twists, você poderá obter de ondas largas até um frisado bem pequeno, como na foto ao lado. Quanto você mais separar as mechas no twist-out, mais volume irá obter.

A MsVcharles ensina, neste vídeo, a fazer twists parafuso. O diferencial desta técnica é que você deve dar uma torcidinha em cada uma das mechas antes de enrolar uma na outra. Assim, obtém-se o efeito de espiral e o resultado final serão molinhas bem definidas:


Este vídeo da Naptural85 mostra uma técnica diferente e bem interessante de fazer twists. Ao invés de fazer um twist em uma mecha fina, de forma tradicional, ela separa seções mais grossas de cabelo e começa a fazê-lo apenas em uma parte dessa mecha, acrescentando mais cabelo à medida em que vai progredindo na execução do twist. Isso traz a vantagem de não precisar separar os cabelos para dar volume ao seu twist-out quando o cabelo secar:



Tranças
Como já havíamos comentado, as tranças podem ser uma ótima opção para quem deseja mostrar um pouco mais do comprimento das molinhas sem perder totalmente a textura dos cabelos crespos e encarapinhados.  
Braid-out
Fonte: blog Naturally Obsessed
Por sua versatilidade, as tranças também podem servir para igualar um pouco a textura do comprimento alisado com a da raiz enrolada. Elas  trazem a vantagem de não requererem uma técnica muito apurada para serem realizadas, como muitas vezes enfrentamos com os twists.
Acredito também que, por serem mais firmes, as tranças não necessitem de tantos produtos finalizadores para proporcionarem um look definido quando soltas - o chamado braid-out.
É importante apenas ter cuidado na hora de desmanchá-las (e, novamente o cabelo deve estar 100% seco!). Aplicando um pouco de óleo vegetal nas mãos (pode ser até mesmo o azeite extra virgem) você evita o frizz causado pelo atrito dos seus dedos com os fios. 


Apesar de aparentemente trançar o cabelo ser muito óbvio, existem técnicas diferentes para isso. No vídeo abaixo, vemos como fazer um braid-out tradicional. A MopTopMaven usa determinados produtos, contudo você pode experimentar com alguns dos seus produtos favoritos e ver os diferentes efeitos que eles proporcionam. Tranças grossas como as dela dão um visual mais ondulado, mas você também pode fazer várias trancinhas finas para um resultado mais texturizado:



Abaixo, a Naptural85 mostra uma forma bem interessante de trançar o cabelo para conseguir um efeito quase frisado: ao invés de simplesmente separar mechas finas e fazer tranças individuais, ela separa mechas mais grossas e faz praticamente uma trança embutida, adicionando mais cabelo à medida em que progride no processo de trançar os fios (mais ou menos os que ela fez no vídeo dos twists):



Coquinhos
Os coquinhos, também chamados de bantu knots, são uma boa opção para qualquer tamanho de cabelo e para quem acha que não terá muita habilidade com twists ou tranças. Basta separar o cabelo em mechas e enrolar cada uma em forma de coque, sempre torcendo os fios antes para que eles fiquem com aquele aspecto espiralado.
Bantu knots

Os coquinhos também devem ser feitos no cabelo levemente úmido e retirados após secagem total dos fios. Eles só podem ser um pouco incômodos na hora de dormir por causa do volume, mas você pode descobrir uma forma de "assentar" seus coquinhos que fique confortável no travesseiro.

No vídeo abaixo, vemos a SimplYounique fazendo coquinhos bem pequenos no cabelo. É possível que, neste tamanho, eles não causem tanto desconforto na hora de dormir. De quebra, ainda há algumas opções de penteados para fazer com seu cabelo solto após desmanchar os coquinhos!






Acessórios
Além de fazer os caracóis que faltam aos nossos cabelos apenas com as nossas mãos, podemos ter a ajuda de alguns acessórios específicos para encaracolar os fios, como rolinhos de permanente, bigoudis e curlformers. 

Existem acessórios diferentes para texturizar seus fios mais esticados

Os rolinhos e os bigoudis são relativamente fáceis de encontrar em lojas que vendem produtos para cabelo. Eles são usados para fazer permanente e permanente afro, mas podem ser colocados no cabelo natural para mudar temporariamente a forma dos fios. Existe uma variedade grande de modelos de rolinhos e cada um dá um efeito diferente: cachos abertos, cachos apertadinhos, molinhas bem pequenas ou espirais mais largas. 
Os curlformers são novidade aqui no Brasil, por isso é provável que custem bem mais caro do que os rolinhos comuns. Ainda que não sejam encontrados em qualquer loja, já existem sites e marcas comercializando produtos similares.
Assim como nos demais estilos, ao aplicar os rolinhos ou curlformers, o cabelo deve estar preferencialmente úmido e com algum produto antes de ser enrolado e só deve ser solto após secagem total. Mas estes acessórios oferecem a vantagem de poderem ser combinados com as técnicas já mencionadas, criando efeitos diferentes, como neste primeiro vídeo, ou intensificando os caracóis em cabelos muito esticados, como no segundo:




Dicas para cachos mais largos
As técnicas anteriores são apropriadas para quem tem cabelo crespo ou encarapinhado. Mas sabemos que algumas naturais tem um padrão de cachos abertos, mais para o cacheado do que para o crespo. Para essas, existem as técnicas das tiras de papel e do coque de meia. Nesses casos, é imprescindível que se use algum produto para fixação, até porque é provável que os fios quimicamente tratados estejam bem esticados e dificilmente segurem-se em um formato diferente por muito tempo. Fazer estes procedimentos à noite e retirar na manhã seguinte é também uma forma de fazer com que os fios fiquem várias horas naquele formato e segurem os cachos por mais tempo.



Todos estes estilos dão um pouco de trabalho para serem executados mas, em compensação, podem durar alguns dias se devidamente conservados (usando um lenço de cetim na hora de dormir e prendendo o cabelo em um coque ou rabo de cavalo bem alto, do tipo "abacaxi", por exemplo), especialmente nos cabelos mais texturizados (muito encarapinhados). Além disso, quando os cachinhos começarem a desmanchar, sempre é possível fazer um penteado ou usar acessórios decorativos e transformar um cabelo meia-boca em um look descolado.

Por isso, não se desespere na fase de transição! Existem formas de passar por ela sem ter que fazer um corte radical logo de cara, ou ainda de ficar escrava da escova e da chapinha, que além de não trazerem um resultado tão bom, podem prejudicar o seu cabelo novo em crescimento.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Nenhum cabelo é perfeito?



Eu vejo muitas naturais "recém-convertidas" assustadas com o cabelo que surge de suas cabeças. Em fase de transição, tudo é novidade. E quando ela se conclui e cortamos os últimos centímetros de cabelo alisado, ficamos supresas com o resultado final.

Sempre surgem dúvidas quanto ao tipo de cabelo. E mais dúvidas sugem quando vemos que existem vários tipos de cabelo na nossa cabeça. Por vezes nos queixamos quanto a isso e achamos que determinadas partes do nosso cabelo tem problemas, porque não cacheiam da mesma forma que o resto. Normalmente a parte da coroa, o alto da cabeça, tem fios de textura bem diferente da área da nuca, por exemplo. E em muitos casos, a assimetria de texturas é vista em lados diferentes: algumas pessoas tem o cabelo mais crespo do lado esquerdo e mais cacheado do lado direito, por exemplo. Outras possuem um lado com molinhas mais definidas e o outro lado mais encarapinhado.

No meu caso, a área da coroa tem fios muito mais encarapinhados, só que com um diâmetro de cacho mais aberto, o que resulta em uma enorme tendência ao ressecamento e à indefinição - para desmistificar aquela idéia de que cabelo encarapinhado é necessariamente superenrolado... As minhas molinhas da nuca são as mais apertadinhas, mas ao mesmo tempo as mais definidas e uniformes, formando-se sem problemas e com o mínimo de esforço - e mantendo-se hidratadas com muito mais facilidade.

Os fios do topo da cabeça, cheios de frizz
e os da parte de baixo, todos definidinhos

O crescimento também se dá de forma assimétrica. É só olhar para o nosso corpo e perceber que não somos exatamante do mesmo tamanho dos dois lados (o meu pé direito é maior que o esquerdo, por exemplo!). Pode acontecer de determinadas partes do cabelo crescerem mais rápido do que outras também. Eu tenho um "buraco" de um lado do cabelo que até hoje não sei se é por causa de um corte errado há quatro anos atrás ou da diferença no ritmo de crescimento dos fios. Só sei que, mesmo após o corte no início de junho, o buraco permanece (talvez menos visível que antes, mas ainda permanece).

Será que dá para ver o meu "buraco"?
Fica próximo ao ombro...


Outro "problema" é o encolhimento. Como fazer esse cabelo crescer pra baixo??? Como falamos anteriormente, o encolhimento é uma característica dos cabelos naturalmente crespos e encarapinhados. Existem formas de diminuí-lo, mas se você quer ter um cabelo realmente natural, precisa compreendê-lo e aprender a conviver com ele. O fato do nosso cabelo encolher tanto pode ser um ponto positivo, a partir do momento que nos proporciona versatilidade (podemos ter um cabelo curtinho ou um cabelão pelas costas, basta utilizar a técnica certa!).

Nem tudo é o que parece!
Comprimento real do meu cabelo
(em junho/2012)


Nosso cabelo não é perfeito, e nunca será, se pensarmos que perfeição é aquela mostrada pelos cabelos dos editoriais de moda e de propagandas de produtos cosméticos. Nosso cabelo é perfeito sim, dentro de todas as suas idiossincrasias. Ele é natural e a beleza da natureza está justamente no fato de nunca se repetir exatamente do mesmo jeito, da mesma forma, em momentos ou lugares diferentes. Aproveite os diferentes humores dos seus cabelos encarapinhados e as diferentes personalidades que ele pode proporcionar a você a cada dia.

domingo, 15 de julho de 2012

8 dicas para manter seus cabelos hidratados


Cipriana do UrbanBushBabes
Fonte


Por Cipriana do UrbanBushBabes.com, via Black Girl with Long Hair (tradução minha)

Não há nada como a sensação de cabelo bem hidratado. Por outro lado, também não há nada tão ruim quanto a sensação de cabelo ressecado - e essa é uma sensação que eu gosto de evitar. Dependendo dos níveis de porosidade, espessura dos fios, textura e estado geral do cabelo (em transição, com coloração, que recebe calor do secador) algumas pessoas podem ter que selar a hidratação nas pontas com mais frequência do que outras, mas existem alguns truques que eu aprendi ao longo dos anos que me ajudaram a manter a hidratação nas minhas pontas por períodos mais longos de tempo.

1. Use óleos mais densos e manteigas, como óleo de rícino ou manteiga de karité
Eu descobri que usar óleos mais grossos especificamente nas pontas dos cabelos proporciona hidratação prolongada. Depois de saturar as pontas com água, eu uso minha mistura de óleos como primeira cobertura e óleo de rícino separadamente como cobertura final para proteção das pontas quando quero selar a hidratação.

2. Depois de saturar totalmente suas pontas com água, certifique-se de espremer o excesso de água dos fios
Cabelos com porosidade normal só consguem absorver uma certa quantidade de água. Ter água desnecessária nas pontas dos fios de cabelo reduz a capa de proteção quando você começa a aplicar seus óleos. Estes funcionam como uma barreira de proteção para segurar a hidratação. Você não irá querer que os óleos escorram fio afora porque o excesso de água não foi retirado. Suas pontas devem ter uma sensação de levemente úmidas e não encharcadas de água.

3.  Dobre a quantidade de cobertura nas suas pontas quando selar a hidratação
Suas pontas são a parte mais antiga do cabelo e por isso a mais sedenta. Como eu costumo dizer, as pontas dos seus cabelos devem ser tratadas como os idosos – elas só precisam de um pouco mais de amor e atenção. Lembre-se de que quanto mais enrolado o cabelo, mais dificuldade a oleosidade natural do seu couro cabeludo terá para chegar às pontas dos fios devido ao percurso muito sinuoso que terá de enfrentar. Por vezes, a oleosidade não chega mesmo às pontas então é importante que elas recebam duas vezes a cobertura de óleos e manteigas aplicadas no cabelo.

4. Uma vez que suas pontas foram seladas, proteja, aplique óleo e enrole-as
Essa dica é muito importante para comprimentos maiores. Depois de selar a hidratação, eu tranço ou faço twists nos meus fios, então aplico mais óleo e enrolo as pontinhas, prendendo-as até que sequem. Deixar o cabelo em estilos protetores como tranças e twists pode realmente manter suas pontas unidas e aproveitar todas as vantagens da hidratação até que sequem. Os twists podem funcionar melhor do que as tranças, especialmente se você está tendo pontas “desfiadas” (as pontinhas não conseguem se unir umas às outras, ficando com um aspecto de pluma). Todo cabelo fica assim naturalmente, conforme vai envelhecendo, mas pontas saudáveis ficam apenas um pouco “desfiadas”. Além disso, os twists facilitam a detecção das pontas que devem ser removidas através de corte, quando você assim desejar.

5. Depois de selar, não manipule suas pontas até que sequem por completo
A não manipulação das suas pontinhas molhadas significam maiores chances de mantê-las hidratadas. Manter suas mãos longe delas garante que você não perca nenhuma hidratação anteriormente aplicada.

6. Tire as suas pontinhas do caminho
Isso pode soar como um conselho ruim para quem gosta de usar o cabelo solto, mas penteados presos, onde suas pontas estão para cima e para dentro do próprio cabelo podem reduzir drasticamente a quantidade de hidratação que é perdida das pontas, especialmente se o seu cabelo está na altura dos ombros ou mais longo. Quando seu cabelo está solto, ele sofre com o constante atrito com as roupas e com os elementos externos. Agora, mulheres com o cabelo acima dos ombros têm mais uma vantagem porque os fios não entram em contato com as roupas. Também, mulheres que constantemente cortam os cabelos curtos mantém seus fios em estado de novos. O cabelo mais próximo à raiz é a parte mais jovem dos fios e por isso assegura sempre pontas saudáveis.

7. Escute seu cabelo
Isso pode soar estranho, mas suas pontas irão lhe dizer com que frequência precisam ser hidratadas e seladas. Eu faço isso uma vez na semana, mas uso meu cabelo em penteados presos durante todo o tempo. Alguém que usa o cabelo solto mais vezes pode ter que selar mais do que uma vez na semana. Nosso corpo passa por muitas modificações, sejam elas em termos de hormônios, dietas, estresse etc. Essas mudanças podem causar impactos no seu cabelo, então fique ligada no que suas pontinhas têm a lhe dizer.

8. Certifique-se de que suas pontas estão saudáveis
E por último, mas não menos importante, certifique-se de que suas pontas estejam em bom estado antes de selar a hidratação. Aparar as pontinhas ou fazer o método de procurar e eliminar apenas as pontas danificadas pode mudar drasticamente o modo como seu cabelo retém a hidratação. Pontas danificadas podem causar reflexos no resto do comprimento dos fios, causando mais problemas e ressecamento.

Novamente, essas dicas eu descobri ao longo dos anos devido a tentativa e erro - e espero que os meus erros resultem no seu sucesso.


E aí, naturais, gostaram das dicas da Cipriana? Elas são meio que um resumo de tudo que comentamos aqui no blog ao longo destes meses. Às vezes falamos com tantos detalhes que algumas coisas mais gerais são perdidas, e nunca é demais relembrá-las. Eu, por exemplo, adotei a selagem da hidratação como parte da minha rotina semanal e, portanto, passei a estilizar o cabelo úmido e não mais molhadão/pingando. E não é que deu certo? Meus fios se mantém hidratados durante toda a semana e o tempo de secagem do meu cabelo diminuiu drasticamente! Por isso, sempre é bom reler e repensar nossos procedimentos - a gente pode se surpreender com a eficácia de uma alteração sensível em nossa rotina.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Políticas Capilares: "Cabelo expressão do meu poder"


Taí um vídeo que merece ser assistido não só pelos belos cabelos, mas principalmente pela mensagem! Ele foi originalmente postado em um grupo do facebook do qual faço parte. É claro que imediatamente me identifiquei, curti e resolvi compartilhar aqui no blog. Nem vou dar mais detalhes sobre o conteúdo porque merece ser visto e revisto.

Este vídeo foi criado pelo Elenco Cor do Brasil, uma parceria entre o Centro de Teatro do Oprimido e Kuringa Berlim. Clique aqui e assista o vídeo "Cabelo Expressão de meu Poder".

Ficha técnica
Cabelo expressão do meu Poder
Clipe do Elenco Cor do Brasil

Elenco
Alessandro Conceição
Barbara Santos
Claudia Simone S. Oliveira
Cristiano Mattos
Fernanda Dias
Graça Maria
Isabel Freitas
Robson Freire
Rosimeire Almeida
Soraia Arnoni

Letra da música: Barbara Santos
Texto do espetáculo: Barbara Santos
Diretor musical: Roni
Vídeo: hífen.cinema

Agradeço ao Laboratório Anastacia pelo envio das informações sobre o vídeo!
Saiba mais sobre o Laboratório Anastacia em sua fanpage do Facebook.

domingo, 8 de julho de 2012

O fator encolhimento



Dez entre dez naturais que possuem cabelo encaracolado de qualquer diâmetro ou textura de fio sabem que uma das grandes verdades do universo é a de que o cabelo encaracolado nunca é, de fato, do tamanho que aparenta ser. Quanto mais estreitas as molinhas dos nossos cabelos, mais elas tendem a encolher e fazê-lo parecer bem mais curto do que é quando esticado. Como dizia o slogan de um antigo produto para alisamento, nosso cabelo é do tipo “puxa, estica; solta, enrola”.

Esse fator é agravado no caso de fios muito finos, que tendem a ser mais leves que fios grossos. Esses, então, chegam a encolher até um terço do tamanho que atingem quando esticados! Para quem possui cabelos crespos e encarapinhados, isso é sinônimo de cabelo “joãozinho” ou “blackinho” (um “black power” ou “afro” pequeno) durante vários e vários meses. Nosso cabelo parece crescer sempre para cima, e nunca para baixo...

Por conta disso, muitas de nós acabamos cedendo aos alisantes e relaxantes, que abrem os cachinhos e, em teoria, revelam o comprimento real dos fios. Contudo, sabemos o quanto as químicas que alteram a estrutura dos fios de cabelo são agressivas. A estratégia escolhida para ajudar a abrir os cachos e mostrar o quanto nosso cabelo cresceu acaba saindo pela culatra, a partir do momento que o torna mais frágil e propenso à quebra.

Então, para aquelas que já estão naturais há pelo menos um ano e sabem que ganharam uns bons dez centímetros de comprimento nos cabelos, existe solução para mostrar o verdadeiro tamanho da cabeleira conquistada a muito suor e creme de tratamento? A resposta é: existe! Na verdade, há diferentes estratégias para dar uma “esticada” nos cachinhos sem ter que recorrer a produtos que modifiquem a sua estrutura. Vamos ver algumas delas.

Escova e chapinha
Não há forma mais eficaz de esticar o cabelo do que com escova, especialmente se for associada a chapinha. Desse jeito, o cabelo mostrará todos os centímetros obtidos durante sua jornada de crescimento. Porém, é importante saber que o calor do secador e da prancha são grandes inimigos dos cabelos crespos e encarapinhados. Sua estrutura frágil não suporta a aplicação constante de calor, associada à tensão aplicada pela escova e pela chapa. Não raramente, esse método pode deformar suas molinhas, esticando-as de maneira definitiva – ou seja, não adianta molhar o cabelo que elas não vão voltar ao normal NUNCA MAIS (em outras palavras, dano permanente nos fios que só se resolve cortando e deixando crescer novamente). Algumas pessoas fazem uso deste “dano” de maneira proposital e atribuem a ele a manutenção do comprimento longo dos fios como esta famosa natural do YouTube (recomendo assistir este vídeo feito por ela, que mostra como está o cabelo após anos e anos do que ela chama de "heat training"). Eu, particularmente, não recomendo o método, muito menos com esta finalidade! O cabelo vai perdendo definição e chega a um ponto em que só é possível usá-lo escovado (ei, mas não era isso que muitas de nós lamentávamos quando usávamos relaxamento? Pois é...).



Tensionando o cabelo com calor
Para quem não se importa em usar calor nos fios, mas não quer submetê-los ao estresse da escova + chapinha, há a opção de tensionar os fios utilizando o calor do secador. Com os cabelos secos ou quase secos, pega-se uma parte ou mecha do cabelo por vez com a mão, puxando de forma a esticar os cachinhos ou molinhas. Ainda segurando o cabelo com uma das mãos, aplica-se o calor do secador, deixando o jato de ar quente agir sobre aquela parte durante alguns segundos. Ao fazer isso, notamos imediatamente que aquela parte tensionada ficou mais comprida, com as molinhas menos “apertadas”. Realizando o procedimento por todo o cabelo, consegue-se um comprimento visualmente maior do que aquele obtido com o cabelo naturalmente encolhido, embora este comprimento fique distante do real, obtido apenas com escova. Por envolver menos tração, este método é menos agressivo para os fios do que a escova tradicional. Contudo, ainda deve-se tomar cuidado com o calor, já que uma vez que o fio é danificado, não há mais conserto! Neste vídeo da CurlyChronicles ela mostra como esticar os fios tensionando-os e aplicando o calor do secador:


Ela começa com os cabelos desembaraçados e apenas levemente úmidos, e o resultado é um fio esticado que fica sem um padrão consistente de cachinhos. Isto pode ser útil para realizar alguns penteados ou ainda se o objetivo for usar um cabelo "grandão", como um "afro" ou "black power".
Mas quando se deseja apenas dar uma esticada nos cachinhos sem desfazê-los, pode-se aproveitar a dica deste vídeo do canal Miss Jessie's: estilize o cabelo como de costume e, depois que os fios estiverem totalmente secos, basta aplicar o jato do secador apenas na raiz, dando uma "puxadinha" no cabelo para esticá-lo:



Banding
O banding é uma técnica que consiste em dividir o cabelo em diversas seções e prendê-las com várias xuxinhas de cabelo. Esta técnica permite diferentes “graus de esticamento”: quanto mais xuxinhas e mais próximas elas estiverem umas das outras, mais esticado ficarão os fios. Se a intenção é esticar o cabelo a ponto de desaparecer com os cachos, é recomendado que se divida o cabelo em seções médias, que se penteie os fios levemente úmidos e que estes sejam presos com muitas xuxinhas, colocadas a uma distância bem curta umas das outras e de forma bem apertada. Mas se o objetivo for apenas alongar um pouco o cabelo, “relaxando” os cachinhos, o banding deve ser feito nos cabelos secos, com xuxinhas colocadas de maneira mais frouxa e espaçada, e deixado, de preferência de um dia para o outro. O banding tem a vantagem de não depender de calor para modelar os fios e traz quase o mesmo resultado da secagem do cabelo sob tensão, comentada no item anterior. Além disso, ajuda a evitar o embaraço dos fios, já que desfaz um pouco os cachos e reduz sua tendência a se enroscar em si mesmos e nos demais. Abaixo, o meu cabelo com banding frouxo (que eu uso para dormir e dar aquela “soltada” nos cachos) e pós banding apertado, em que eu penteei cada seção de cabelo e prendi com as xuxinhas, dando várias voltas em cada uma e deixando-as bem próximas. 


Tranças e twists
Um jeito de dar uma alongada nos fios sem perder textura é fazendo trancinhas e/ou twists (twists nada mas são do que tranças de "duas pernas"; as tranças tradicionais têm três). Estas duas técnicas podem ser utilizadas em cabelos secos ou úmidos. Em ambos os casos, os cabelos devem ser divididos em seções pequenas, que precisam ser previamente desembaraçadas e hidratadas (pode-se optar por algum produto que, além de hidratação, proporcione alguma fixação). Se estiver úmido, o cabelo deve ser mantido com esta técnica até secar totalmente; se estiver seco, deve ser mantido assim por várias horas (de preferência da noite para o dia) até que o cabelo se fixe naquela forma e/ou que o produto aplicado para fixação seque. É possível acelerar o processo com secador, mas se a sua intenção é fugir do calor, melhor ter paciência a esperar o cabelo secar naturalmente. As tranças e twists soltos podem ser combinados a tranças e twists rasteiros, que proporcionam um caimento diferente quando soltarmos os fios (os chamados "braid-out" e "twist-out") . Quanto mais finas as seções, mais definida ficará a textura do cabelo. Você pode assistir a este vídeo do canal Miss Jessie's que ensina a fazer twists no cabelo molhado e ter uma noção do resultado final da técnica.




Outros problemas causados pelo encolhimento
Além do resultado visual do encolhimento dos nossos fios após estilização, ele também atrapalha em outros momentos. Na hora de lavar, por exemplo, o fator encolhimento contribui para que nossos fios embolem e embaracem. Durante a aplicação de máscaras de tratamento e até durante a estilização com leave-in ou condicionador isso também ocorre. O que podemos fazer para evitar o embaraço exagerado nestes momentos é separar o cabelo em seções, trabalhando com uma de cada vez e prendendo em seguida (em coquinhos ou twists, tanto faz; o importante é que os fios não fiquem soltos ou livres para que não se enrosquem ao encolherem novamente após a manipulação).

O encolhimento também agrava o embaraço no cabelo seco, após estilização. Normalmente, quando fazemos wash and go's (lavamos, aplicamos produto e deixamos do jeito que ficar) nossos fios encolhem ao máximo e tendem a embolar bastante, especialmente quando levamos vários dias para lavar e desembaraçar o cabelo novamente. Boa parte das gurus da internet que conseguiram cabelos compridos incluem em sua rotina estilos e penteados que "estiquem" o cabelo justamente para reduzir a formação de nós (incluindo nozinhos de fada), que podem causar quebra ao pentear os fios e em casos graves necessitam de tesoura para serem eliminados. Por isso, adotar uma rotina em que seus cachos fiquem parcialmente esticados pode manter por mais tempo a integridade de seus fios.

Seja legal com seu cabelo!
Por fim, o que a gente pode fazer é aceitar nossos cabelinhos, com todas as suas particularidades. Não há como se livrar do encolhimento definitivamente e ser natural ao mesmo tempo! O fator encolhimento é parte do nosso cabelo crespo e é parte de toda a diversão. Ao mesmo tempo em que nos decepciona ao trazer para a altura do queixo um cabelo que já está abaixo do ombro, também nos permite variar radicalmente o visual, de um “afro” encolhido discreto até um penteado superelaborado, que ninguém imaginava que fosse possível fazer em um cabelo tão “curto”! Aproveite a versatilidade dos seus fios e aprenda a usar o fator encolhimento a seu favor.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Aleatoriedades: corte, condicionador e comprinha

Olá, naturais! O post de hoje é na verdade não tem um tema específico. Tenho várias pequenas notícias para dar que, sozinhas, não preenchem uma postagem independente. Por isso, resolvi falar sobre tudo ao mesmo tempo de uma vez só.


Corte de cabelo
Como falei há algumas semanas atrás, aparei alguns centímetros do meu cabelo utilizando a técnica de trançar os fios e cortar as pontinhas finas das tranças. Ele ficou mais ou menos assim no dia seguinte à lavagem e levemente esticado por banding:

Cabelo mais curto: valeu a pena!


Curioso como nosso cabelo reage a um corte, por menor que seja! Apesar de ter cortado uns cinco centímetros, meu cabelo parece bem menor porque a retirada das pontas estragadas e cheias de nozinhos de fada fez ele encolher muito mais! Por conta disso, meus cachos estão bem mais definidos e extremamente fáceis de desembaraçar. Posso ter perdido comprimento aparente, mas gostei do resultado. Acaba que gasto até menos produto e menos tempo durante a estilização - acho que as pontinhas "sugavam" creme desnecessariamente, pelo estado calamitoso em que se encontravam.


Condicionador proibidão
Uma semana após utilizar o condicionador da Éh para cabelos ressecados Cashmere e Absoluto de Coco, só tenho coisas boa para falar. Tenho usado meu cabelo mais solto do que preso (sim, estou me sentindo a verdadeira transgressora por não usar meus penteados protetores) e meu cabelo, mesmo após uma semana, se manteve perfeito.

Minhas molinhas no dia seguinte, com o condicionador Éh

Para falar a verdade, ficou mais bonito com o passar dos dias, e olha que eu fiz e desfiz vários rabos de cavalo, o que geralmente arruína meus cachos (a ponto de não poder usar mais o cabelo solto). Além disso, meus fios continuam com sensação de hidratados, com brilho, maleáveis e não ganharam aquele aspecto de cabelo sujo que, em geral, produtos com silicone podem dar. Uma semana ainda é pouco para saber se esse vai ser o condicionador que mudará minha vida capilar para sempre, mas definitivamente eu não vou aposentá-lo nas próximas semanas!


Blusa
As naturais fashionistas gostam de acessórios para o cabelo, brincos, colares, pulseiras que eu sei muito bem e vejo nas fotos e vídeos que elas postam no YouTube. E quanto às roupas? Bom, eu acho uma graça blusas que tenham a ver com nosso cabelo. E uma delas foi essa blusa aqui, que eu comprei numa feira de produtos artesanais e é da Mania da Flor Artesanatos.

Blusinha da Mania da Flor

Além das camisas com apliques étnicos, eles também têm saias e acessórios, uns mais fofos que os outros. Na página do Facebook tem os álbuns onde você pode ver os produtos confeccionados pela marca.

...

Como um "plus", custa nada relembrar que a Bombril retirou da mídia a arte escolhida para representar o concurso de talentos promovido pela marca. A imagem original mostrava a silhueta estilizada de uma mulher com cabelo em estilo afro (ou black power, como queiram) sob o título "Mulheres que Brilham". Como todas nós sabemos o quanto nosso cabelo crespo e encarapinhado é negativa e pejorativamente associado à esponja de aço, a mobilização virtual das encaracoladas foi tão grande que a marca de produtos de limpeza resolveu mudar a imagem. Apesar de todas as explicações, não tem como não enxergar a associação da mulher de cabelo crespo à esponja de aço como uma piada de tom racista. Nosso cabelo não é palha de aço! E só pra não perder a viagem, nós mulheres não brilhamos unicamente com produtos de limpeza, viu? O racismo perdeu, mas o sexismo da campanha continua firme e forte...


E as aleatoriedades dessa semana são estas. Mais pra frente faço outro "relatório" de como meu cabelo vem se desenvolvendo com o condicionador e após o corte. E quem sabe faço mais comprinhas? 

domingo, 1 de julho de 2012

Xampus e condicionadores


Muitas meninas me perguntam quais condicionadores e xampus eu uso para realizar com sucesso a técnica da Teri LaFlesh, já que os produtos que ela indica em seu site são americanos. Apesar de não gostar de falar em marcas ou recomendar produtos, resolvi fazer uma listinha com os meus favoritos apenas como uma forma de outras pessoas terem um parâmetro do que elas também podem procurar em seus produtos.

Como falo desde o início, eu sempre opto por xampus sem sulfato por estes serem menos agressivos com os fios (entendo menos agressivos como ressecar menos os fios de cabelo e limpar o couro sem tirar dele toda a oleosidade natural, o que pode causar efeito rebote). Contudo, nem todo xampu sem sulfato é gentil com nossos cabelos - alguns deles podem ressecar mais do que os xampus sulfatados, inclusive. Recentemente, a JC do blog The Natural Haven fez uma série de postagens sobre xampus sem sulfato e questiona até que ponto eles são mais suaves do que os que contém esta substância. Em resumo, são vários os fatores que definem a suavidade de um xampu, e um deles é a sensibilidade de cada pessoa aos componentes do produto.

Da mesma forma, o efeito dos condicionadores usados como leave-in varia de cabelo para cabelo porque não existem fios 100% iguais em pessoas diferentes. Além disso, o clima da região onde se vive influencia bastante no resultado final da estilização e certos condicionadores que ficam superlegais aqui onde eu moro podem ser um desastre em outro estado do Brasil. Finalmente, também há o fator sensibilidade individual da pele (alguns condicionadores podem causar coceira e caspa em certas pessoas) e do nariz (certas fragrâncias podem ser muito fortes para quem tem problemas alérgicos ou respiratórios).

Só posso emitir opinião consistente sobre os xampus e condicionadores que efetivamente usei. Ainda assim, prefiro não indicar este ou aquele produto, mas apenas fazer uma avaliação geral dos que usei, de acordo com os meus parâmetros de saúde e objetivos que busco para para o meu cabelo. Dito isso, vamos aos produtos!


Xampus
1. Oro Argan (Bioderm)  
Foi o último xampu que experimentei, e pelo jeito será o primeiro da minha lista por muito tempo! De todos que já usei, ele foi o mais suave, tanto para o meu couro quanto para os fios. Depois de alguns dias, percebi que meu couro continua limpo, sem caspinhas. É bom dizer também que ele faz mais espuma que os xampus sem sulfato em geral, por isso pode agradar a quem está acostumado com xampus sulfatados comuns.
* Contém Disodium Laureth Sulfosuccinate e Cocamidopropyl Betaine.

2. Castanha do Brasil (Surya, linha Amazônia Preciosa) 
Era o meu favorito, até conhecer o Oro Argan. Também é bem gentil com meu couro cabeludo e ainda assim mantém minha cabeça limpa (sem caspinhas) por toda a semana, até a lavagem seguinte. É menos suave com os fios, mas nada grave. Por ser um xampu mais natureba, não tem cheiro de "perfume": sua fragrância é de ervas, bem suave e não fica nos fios após o enxágue.
* Contém Cocamidopropyl Betaine.

3. Ucuuba (Surya, linha Amazônia Preciosa) 
Parece repetitivo, mas ele também era o meu favorito até conhecer o Castanha do Brasil, da mesma linha! Depois de muito tempo longe dele, ao voltar a utilizá-lo o resultado foi péssimo. Meus fios ficaram muito ressecados e meu couro sofreu com o efeito rebote, descamando exageradamente. Ele é destinado a cabelos cacheados, e talvez esse seja o problema: eu não estava usando um xampu adequado ao meu tipo de cabelo. Também tem cheiro de ervas.
* Contém Cocamidopropyl Betaine.

* * Outras opções não experimentadas por mim: pra quem gosta de usar produtos com ingredientes mais naturais, a Ikove a Arte dos Aromas (apenas em sua linha orgânica) possuem xampus sem sulfato. Já para quem não faz questão disso, a Amend lançou a linha Eco Therapy, cujo xampu para cabelos tingidos é livre de sulfatos.

1. Oro Argan; 2. Ucuuba; 3. Arte dos Aromas; 4. Ikove; 5. Eco Therapy


Condicionadores
1. Fructis Óleo Reparação (Garnier) 
O "top dos pops" dos condicionadores que uso atualmente. Apesar de ser de marca comercial, ele dá quase o mesmo efeito que o meu saudoso Relaxima sem o temido Isopropyl Alcohol. Proporciona cachinhos definidos e bem maleáveis que duram por vários dias. Pode ser uma boa opção para quem busca dar um pouco de "peso" ao cabelo, já que ele contém uma série de óleos e extratos vegetais, entre eles óleo de palma, óleo de oliva, óleo de abacate e manteiga de karité.
* 100% livre de silicones.

2. Elseve Liss-Intense Extreme (L'Oréal) 
Outro produto que está no topo da minha lista de favoritos. Acho que até divide a primeira posição com o Óleo Reparação - deu empate técnico! Tem uma consistência grossa e é ótimo para dar peso a fios leves mas superencaracolados. Tem aquele cheiro enjoativo dos produtos Elseve, mas nada grave ou que tenha me irritado o nariz. Contém óleo de argan.
* 100% livre de silicones.

3. Elseve Arginina Resist X 3 (L'Oréal) 
Um lançamento mais recente da Elseve que me agradou em parte. Não é perfeito, mas gosto de usá-lo quando sinto que meu cabelo está começando a pedir um tratamento reconstrutor. Também tem o cheiro enjoativo característico, mas um pouco menos que o Liss-Intense Extreme. Talvez por ter um silicone em sua fórmula, ele facilita muito o desembaraçar/pentear dos fios. Com Arginina.
* Contém Amodimethicone.

4. Hydrathérapie (Matrix, linha Biolage) 
Um bom condicionador que, contudo, faz parte do meu passado capilar. Ele proporcionava um brilho incível, muita maciez e segurava os cachos muito bem. Apesar disso, percebi que conforme meu cabelo foi crescendo, o efeito deste condicionador após a secagem já não tinha aquela mesma "magia" de quando ele era mais curto... Talvez pelo fato de este condicionador ser extremamente hidratante e encolher bastante meus cachinhos, o resultado estético dele seja mais satisfatório em fios mais curtos. Cheiro bem suave e gostoso.  
* Contém Amodimethicone.

5. Condicionador Hidratante Cashmere e Absoluto de Coco (Éh)  
Esse aqui ficou por último porque ele foi uma tentação que me surpreendeu. Indicado para cabelos ressecados, contém muita coisa boa na composição: queratina, óleo de coco, óleo de rícino, proteína do trigo... Usei apenas uma vez e ainda estou avaliando o resultado dele ao longo dos dias. Mas, de início, eu posso dizer que foi simplesmente o melhor condicionador que usei para esta técnica. Com uma consistência bem grossa, ele melhor até do que o Óleo Reparação e o Liss-Intense Extreme, dando bastante peso (mesmo encolhido, meu cabelo ficou mais comprido!) e uma definição incrível aos meus cachinhos. Só há um pequeno "porém": ele contém Amodimethicone e Dimethiconol, um silicone insolúvel que é proibido pra quem segue no-poo e low-poo, láááá no fim da fórmula. Apesar do silicone, com um monte de coisa boa na fórmula eu acabei comprando e esperei o momento certo de usá-lo. No fim das contas, após um primeiro uso, eu não posso dizer que me arrependi. Meu cabelo ficou muito bonito e com sensação de bem tratado, não ficou pesadão depois de seco e ainda assim manteve a definição impecável. Com certeza vou usar mais vezes, até porque o vidro do condicionador está quase cheio ainda... Mas preciso continuar com meus "testes" para ver se os resultados positivos se mantêm por um prazo mais longo. Cheiro um pouco intenso que não chegou a me causar irritação no nariz, mas eu fiquei sentindo até o cabelo secar.
* Mais uma vez: contém Amodimethicone e Dimethiconol.

1. Óleo Reparação; 2. Liss-Intense Extreme; 3. Arginine Resist X3;
4. Hydrathérapie; 5. Cashmere e Absoluto de Coco


Onde encontrar os produtos
Os xampus Oro Argan e Eco Therapy podem ser encontrados em lojas de produtos cosméticos e algumas farmácias e drograrias de maior porte. Os da Ikove e Arte dos Aromas podem ser comprados online. Já a Surya sumiu com a loja virtual, por isso acredito que a forma mais fácil de saber onde comprar seus produtos da linha Amazônia Preciosa seja entrando em contato com a marca através de sua fanpage no Facebook.

Os condicionadores Garnier e Elseve são facilmente encontrados em qualquer farmácia, drogaria ou supermercado. Por isso, são ótimas opções para aqueles casos emergenciais, em que você viaje para alguma cidade mais distante ou não tenha uma loja específica de produtos para cabelo por perto. O condicionador Hydrathérapie é encontrado em lojas que vendem produtos cosméticos importados/de marcas profissionais, e também online, em diversas lojas virtuais. Já o Éh pode ser um pouco mais difícil de achar, mas normalmente ele aparece nas prateleiras das farmácias e drogarias de maior porte, que costumam ter grande variedade de produtos cosméticos.


Depois deste panorama geral, você pode considerar comprar seu xampu sem sulfato tendo em mente que os resultados variam muito de cabeça para cabeça. Os condicionadores que funcionam bem para a técnica da Teri são em geral densos, grossos, de consistência firme mas não muito oleosa, apesar de conterem muitos óleos vegetais na fórmula. Quem opta pelo low-poo e quer arriscar um condicionador proibido deve fazê-lo com cautela para não promover o acúmulo de silicone nos fios. Em todo caso, perceba que nenhum desses produtos contém óleo mineral ou parafina líquida, que do meu ponto de vista são os grandes vilões de qualquer tipo de cabelo. Você pode revezar diferentes xampus e condicionadores, fazendo combinações novas. Assim, você se certifica de que seus fios estejam recebendo diferentes nutrientes e suprindo as suas variadas necessidades.