quarta-feira, 30 de maio de 2012

Inspire-se: penteados


A postagem de hoje é apenas para inspirar você a inventar penteados em seus cabelos. Para isso, vou deixar aqui os links para alguns vídeos de uma youtubber que sempre me inspira, a Naptural85.

Além dos penteados protetores, que já falamos em outro post, ela ensina penteados diversos, assim como uma rotina de cuidados 100% natural - e tudo isso está em seu canal no YouTube. Ela ainda tem um outro canal, onde fala sobre assuntos não relacionados a cabelo (alimentação e estilo de vida saudável, acontecimentos do dia-a-dia, entre outros) e um blog, onde junta tudo isso!

Mas agora vamos ao vídeos! O primeiro é justamente o que me inspirou a fazer este penteado aqui:


A única modificação que fiz foi na frente - no lugar do topetinho, prendi o cabelo todo pra trás, deixando um pouco frouxo (num chamado pompadour) e pus duas faixas elásticas pra dar esse efeito "fofinho". A versão da Naptural 85:


O segundo vídeo eu também adoro, é uma espécie de trança falsa:



A gente nota que nos dois vídeos ela estava com o cabelo em twists - ou minitwists, pra ser exata. Os penteados que ela ensina no cabelo com minitwists são perfeitamente realizáveis em um cabelo solto. Pra quem faz a técnica da Teri LaFlesh, que separa os cachinhos, então, fica superfácil: cada cachinho "funciona" como se fosse um minitwsist e fica muito prático de repartir o cabelo para o penteado.

E ainda há alguns penteados em que ela faz com o cabelo encolhido. Aqui vão dois muito tranquilos de fazer, mas que dão toda uma graça para aquele rabo de cavalo do dia a dia:




Além desses vídeos, tem muitos outros no canal da Naptural85 no YouTube. Prepare-se para perder várias horas assistindo e mais algumas praticando!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Nozinhos de fada


Quem tem o cabelo bem crespo ou encarapinhado já deve ter notado que, com certa frequência, podem ser encontrados nós bem pequenos nos fios de cabelo - a maior parte nas pontas, mas também é possível que apareçam no comprimento. Eles são os chamados "nós de fada" (fairy knots). Eles são chamados assim porque se formam sem que a gente se dê conta e são quase microscópicos, só sendo percebidos ao passarmos a mão no cabelo e sentirmos aquela textura mais áspera, como se houvesse microbolinhas ao longo do nosso fio.

Contudo, os nós de fada não aparecem assim, por mágica. A textura do nosso cabelo, por si só, favorece o embaraço, por conta das curvas e caracóis de tamanho diminuto. Os fios tanto se enroscam uns nos outros quanto neles próprios. Os nós de fada, portanto, surgem quando um fio de cabelo se enrosca nele mesmo, formando um nó.

Esse pode ser um acontecimento comum, especialmente quando se está deixando o cabelo crescer. Algumas pessoas não se incomodam, mas os nozinhos de fada podem se tornar um problema quando aparecem em um número tal que atrapalha o desembaraçar dos fios. Então, o que fazer com eles?

Deixá-los do jeito que estão
Se os nozinhos de fada se apresentam em uma quantidade que não impeça a manipulação adequada do cabelo, então talvez seja melhor deixar do jeito que está. Contudo, é importante saber que se não forem tomadas as medidas preventivas necessárias, a tendência é que este número aumente, fazendo com que causem ainda mais problemas.

Desfazê-los
Uma tarefa que parece bem complicada, e realmente pode ser! Se você tiver bastante paciência, pode tentar desfazer os nozinhos de fada com a ponta de uma agulha. Contudo, é importante dizer que, uma vez que o fio forma um nó, ele não voltará a seu estado original: aquela região onde estava o nó ficará "machucada" e marcada, possivelmente ainda mais frágil e propensa a quebra.

Cortá-los
A maneira mais eficiente de se livrar dos nozinhos de fada é usando a tesoura. Aparar regularmente os cabelos manterá suas pontas livres de nós, mas ao mesmo tempo pode tornar mais difícil a retenção de crescimento dos fios. Se você ainda não tem muitos, pode cortar apenas aqueles fios que estão com os nozinhos de fada, imediatamente acima de onde o nó se localiza. Esse processo é conhecido como "dusting".

Um nozinho pra chamar de meu


E como prevenir os nós?
Não existe forma de evitar 100% os nozinhos de fada. Sua formação é da natureza do nosso tipo de cabelo - ele se enrosca, se enrola e embaraça e isso é perfeitamente normal - simplesmente é como ele é. Os nós em si não são um grande problema, se devidamente administrados (com estas estratégias que vimos acima, por exemplo). Mas, como prevenir é melhor do que remediar, é sempre bom saber o que podemos fazer para minimizar a formação de nós.

Penteados protetores
Uma forma de manter a formação de nós relativamente sob controle e diminuir a necessidade de cortar as pontinhas do cabelo é fazendo uso de penteados protetores. Se você gosta de usar o cabelo solto, especialmente em "wash-and-go's" (lavar o cabelo, aplicar seu produto e deixá-lo secar naturalmente, solto e sem estilização específica) os nozinhos de fada podem se multiplicar. Mantendo os fios presos, de forma compactada e com as pontas "escondidas" impede que eles se enrosquem e façam nós em demasia.

Óleos vegetais
Outro jeito de contribuir para que os fios não se embaracem com muita facilidade é usando óleos vegetais. Eles deixam os fios mais escorregadios, fazendo com que eles deslizem com mais facilidade entre si, auxiliando o desembaraço.

Dividir o cabelo em seções
Além de facilitar o manuseio dos fios, dividir o cabelo em seções impede que aqueles fios que você acabou de desembaraçar se misturem novamente com os que ainda estão embolados, fazendo com que seu trabalho vá por agua abaixo. Além disso, mantendo o cabelo preso em seções você evita o encolhimento dos fios no momento em que está lavando com xampu ou aplicando máscaras de tratamento, por exemplo, e de quebra evita também o embaraço - e a formação de nós.


Observe o estado dos seus fios e veja se existem muitos nós de fada. Dependendo da quantidade, é possível conviver com eles sem maiores dores de cabeça. Mas se você tiver muitos e não quiser cortar os cabelos por estar tentando deixá-los crescer pense que, às vezes, pode ser melhor dar um passo atrás para avançar dois: dê um bom corte nos fios e comece a cultivá-los da maneira correta, sem nós.


domingo, 20 de maio de 2012

Penteados protetores


Por melhores que sejam nossos cuidados, mais ricos que sejam nossos produtos ou mais apurada a nossa técnica, parece chegar um momento em que nossos cabelos empacam em determinado comprimento. Temos a impressão, então, de que nossos fios chegaram ao seu limite de tamanho, o qual não será jamais ultrapassado. Normalmente, este suposto limite é a altura dos ombros: tanto naturais quanto alisadas encontram dificuldades em fazer os cabelos crescerem além disso.

É importante saber que o cabelo possui fases de crescimento. E sim, ele também possui um comprimento terminal. Isso significa que o fio de cabelo nascerá, crescerá por alguns anos e após isso permanecerá neste comprimento por mais algum tempo, caindo em seguida. Mas não se preocupe porque você não ficará careca! Seus fios não caem todos de uma vez. É como nossas sobrancelhas ou cílios – de vez em quando cai um fiozinho na nossa mão ou no nosso rosto.

O limite de tamanho que cada pessoa atingirá com seus fios será ditado pela genética. Porém, nem sempre damos chance ao nosso cabelo de chegar ao seu comprimento terminal. O cabelo crespo e encarapinhado é mais frágil e seco do que outros tipos de cabelo, quebrando com facilidade ao ser penteado, por exemplo. Apesar de ser um processo quase imperceptível, essa quebra constante pode ser o equivalente a um corte de cabelo, fazendo com que seus fios estacionem em determinado tamanho e de lá não passem.

Por isso, por mais gentis que sejamos, determinadas práticas necessárias do dia-a-dia contribuem para que nossos fios se mantenham estacionados em determinado comprimento. Pesquisando as rotinas das naturalistas de cabelos compridos da internet, percebi que quase todas elas atribuem os seus muitos centímetros capilares a técnicas de baixa manipulação dos fios. Em outras palavras elas, de alguma forma, mantêm os cabelos presos durante a maior parte do tempo. Mas não são presos de qualquer jeito. Estamos falando de penteados específicos, os penteados protetores, que ajudam a preservar o fio do atrito com as roupas, com o corpo e dos agentes agressivos externos, como o vento, a poeira, a poluição, o sol e a umidade.


Os penteados protetores são sempre pensados e executados tendo em mente os seguintes objetivos:

1. Devem poder ser mantidos por um período significativo de tempo, que varia de alguns dias a várias semanas. Isto é importantíssimo para diminuir a necessidade de manipulação do cabelo. Se cada vez que você penteia seus fios eles correm o risco de quebrar, a estratégia deve ser mantê-los de forma que não embaracem para que se possa pentear o mínimo possível.
2. Devem “guardar” as pontas dos cabelos, que são a parte mais frágil, mais antiga e que foi, portanto, mais exposta a tudo o que há de ruim no ambiente: ao clima, aos pentes, às escovas, às suas mãos, aos acessórios que você usa... As pontas sempre devem ter atenção especial e por vezes, além de um capricho na hora de aplicar os produtos, elas também precisam de proteção física.
3. Devem manter o cabelo longe do contato com o seu corpo, seus ombros e suas roupas. Se o objetivo é a baixa manipulação dos fios, não há motivo para substituir a sua mão pela gola da sua camisa... Pode parecer bobeira, mas o atrito diário entre as pontas frágeis dos seus fios com as suas roupas causa danos lentos, cumulativos e reais.

Existem inúmeras possibilidades de penteados protetores. O mais simples deles é o coque. Funciona em cabelos médios e longos, ou seja, justamente aqueles que chegaram na altura do ombro e possivelmente não conseguirão passar deste ponto. É o meu penteado favorito e pode ser mantido por até sete dias.

Meu coque semanal: meus cachinhos permanecem, o que significa que o penteado não está apertado
Além do coque, há também opções para cabelos de qualquer tamanho, como os twists e as tranças (soltas ou rasteiras). Os twists e as tranças devem ser feitos mais frouxos, de forma a não tracionar os fios, para que não acarretem em alopecia por tração. Os twists e as tranças soltas, preferencialmente, não devem receber aplique (aqueles do tipo "kanecalom" ou outro tipo de cabelo sintético) e podem ser deixados por até oito semanas; as tranças rasteiras devem ser refeitas, de preferência, semanalmente.

Tranças rasteiras

E fora esses, há os penteados que a sua imaginação permitir, lembrando sempre das regras: deve poder ser mantido por vários dias, deve guardar as pontas dos cabelos e deve se manter longe do contato com seu corpo e suas roupas. 

Apesar de ainda ter algumas pontas expostas, esta pode ser uma idéia para um penteado protetor
É importante também que, à noite, seus fios continuem protegidos. Nessa hora, vale lançar mão da fronha, da touquinha ou do lenço de cetim. E não se esqueça de que o penteado protetor deve ser confortável o suficiente para que você possa dormir com ele! Se sentir seus fios muito repuxados ou algum acessório pinicando sua cabeça, desmanche, durma confortavelmente e, na manhã seguinte invente outro penteado, até achar aquele ao qual você mais se adapta. 
 

ATENÇÃO, ATENÇÃO! 
Já que o objetivo é preservar nossos fios e mantê-los hidratados, é muito importante que, antes de fazer qualquer penteado, você hidrate e trate adequadamente dos seus cabelos. Nunca faça o penteado no cabelo já ressecado, sujo ou embaraçado!


Março de 2011
No meu caso, os penteados protetores foram cruciais para atingir o comprimento que tenho hoje em meus cabelos. Devido ao grande encolhimento, meus fios quando secos batem justamente nos meus ombros, o ponto de atrito da discórdia das naturalistas mundo afora.
Percebendo que especialmente os fios da frente e laterais, que mantêm contato direto com meus ombros, pareciam, além de “estacionados”, mais agredidos e ressecados, resolvi adotar penteados protetores de segunda a sexta, os dias em que passo mais tempo fora de casa, trabalhando e estudando.
Novembro de 2011


E não é que, para minha surpresa, a estratégia realmente deu certo? Considerando que eu não corto os cabelos há quase quatro anos, minhas pontas já estavam pedindo socorro, apesar de todos os cuidados que tinha. Na foto ao lado, acho que fica bem nítido como as pontas laterais, que na foto acima estavam em petição de miséria, conseguiram ultrapassar a barreira do ombro e se aproximaram, em tamanho, da parte de trás do cabelo. Adotar penteados protetores no meu dia-a-dia deu às minhas pontas uma sobrevida maior, e ao comprimento do meu cabelo uma preservação incrível.

Para não ter a desculpa da falta de criatividade, vou deixar alguns links  de penteados protetores bem legais aqui embaixo. Não se prenda aos produtos que estejam eventualmente sendo usados; o importante é o "como fazer" e não o que usar. Ah, e além de protegerem o cabelo, esses penteados podem ser ótimas opções para eventos mais formais - com alguns acessórios você vai do trabalho a uma festa num piscar de olhos!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O que queremos ensinar às nossas crianças?


As mulheres de cabelos crespos e encarapinhados nem sempre guardam boas lembranças da infância quando o assunto é cabelo. Normalmente, eram horas e horas não de cuidados, mas de luta contra os cabelos! Lavar, pentear e arrumar os fios podem ser lembrados como verdadeiras torturas.

Nossa infância pode ter mesmo memórias, não só física, mas também psicologicamente dolorosas. As idas ao salão ou as aplicações caseiras de produtos alisantes ou relaxantes deixavam feridas no couro cabeludo e, por que não, na alma. Assim como as piadas dos coleguinhas ou os comentários depreciativos dos adultos que tínhamos como referência ficam guardados para sempre.

Todas nós já ouvimos falar de como o que vivenciamos nos primeiros anos de vida servem de influência para quem somos ou seremos na idade adulta. Uma pesquisa americana recente, por exemplo, mostrou que altas taxas de obesidade em adolescentes negras podem estar ligadas a abusos verbais e sexuais, determinação de metas irreais para si mesma, depressão e ambiente familiar negativo. É claro que a pesquisa não trata especificamente de cabelos mas, de qualquer forma, mostra como acontecimentos para os quais podemos não dar a devida importância afetam nossa vida futura de forma bem séria.

É por isso que, antes de falarmos algo para nossas meninas do presente, devemos pensar duas vezes e lembrar daquilo que escutamos quando nós éramos as crianças da vez. Mesmo que o interlocutor tenha tido a melhor das intenções, nem sempre escutamos as palavras positivas que precisávamos ouvir. E talvez essas palavras tortas tenham contribuído para que construíssemos uma imagem negativa de nós mesmas que perdura até a idade adulta.

Nós, adultos, devemos ter sempre em mente que somos referência para nossas pequenas. Nós as ensinamos sobre o mundo e sobre si mesmas. Antes de taxarmos o cabelo de nossas crianças como ruins, duros, ou sem solução, vamos refletir: o que queremos ensinar a elas? Que são imperfeitas, logo devem ser "consertadas" para serem aceitas, ou que que são belas e únicas e que devem se amar do jeito que são porque nós as aceitamos incondicionalmente?

Modificar a estrutura do cabelo de uma criança é uma decisão seríssima que deve ser muito ponderada antes de ser levada a cabo. Antes de pensar que fazemos isso para deixar nossa filha mais satisfeita ou mais bonita, devemos lembrar que nós é que a ensinamos o que é ser bonita e o que é estar satisfeita com a própria imagem. Todo o cuidado é pouco e há sempre o outro lado da moeda: podemos estar sinalizando sim que ela pode não ser naturalmente tão bonita, a ponto de só ser aceita e amada se for ajustada, adequada. E a atitude que enxergamos como positiva pode ser, inconscientemente, lida como negativa por ela e se desenvolver de forma prejudicial no futuro.

Como eu costumo dizer, cabelos nunca são "apenas cabelos". Eles estão dentro de algo maior, que vai muito além da simples estética. Ensinar a sua filha a se amar e a amar seu próprio cabelo é construir com ela um laço de cumplicidade e também ensiná-la a estabelecer relações positivas consigo mesma e com os que a cercam.

domingo, 13 de maio de 2012

O Método LOC

Apesar de a internet estar recheada de informações sobre cabelos crespos e encarapinhados, a maior parte delas está em outros idiomas, principalmente o inglês. Por isso, muitas vezes, nós brasileiras encontramos restrições em adquirir todo esse conhecimento disponível.

Devido a esta barreira da língua, muitas naturalistas que não falam inglês podem desconhecer algumas das gurus da internet quando o assunto é cabelo encarapinhado. Uma dessas gurus é a Chicoro. Ela tem um blog, onde escreve artigos diversos e um Fotki com imagens da sua jornada capilar e do passo-a-passo de procedimentos de sua rotina de cuidados com o cabelo. E, além disso tudo, a Chicoro ainda escreveu um livro chamado Grow it! (disponível apenas em inglês), especialmente voltado para ensinar as encarapinhadas a atingirem comprimentos longos com seus cabelos.

A capa do livro Grow it!

Uma das práticas recomendadas pela Chicoro para auxiliar na preservação dos fios de cabelo (e consequentemente na retenção de comprimento) é selar adequadamente e por mais tempo a hidratação que os fios recebem. Para tal, ela sugere o Método LOC. Este método consiste em seguir uma determinada ordem de aplicação de produtos para garantir que a hidratação permaneça nos fio por mais tempo. A ordem dos produtos é justamente o nome do método: L de líquido (liquid), O de óleo (oil) e C de creme (cream).

O líquido em questão nada mais é do que água. Ela é a única substância que, de fato, hidrata nosso corpo - e por consequência, nossos fios. Nos cabelos, o efeito hidratante da água pode ser potencializado com a adição de D-Pantenol, glicerina e/ou extrato ou suco de aloe vera.

Para realizar esta etapa, você pode aplicar, com o auxílio de um borrifador, a misturinha de água com as substâncias já citadas tanto nos fios quanto no couro cabeludo (não se esqueça de que ele é pele, como o resto do seu corpo, e também precisa de hidratação!). É interessante esperar de 10 a 15 minutos antes de passar para a próxima etapa, a fim de que o líquido possa ser absorvido.


Após a pausa, é hora de aplicar o óleo de sua preferência. Óleo de rícino, óleo de oliva e óleo de coco são exemplos de excelentes óleos vegetais para o cabelo. Eles devem ser aplicados nos fios úmidos, nunca encharcados (ou irão "escorrer" junto com o excesso de água dos cabelos). O capricho deve ser redobrado nas pontas, a parte mais antiga e, logo, mais frágil e delicada dos seus cabelos.

No terceiro e último passo, entra a aplicação da substância hidratante de consistência cremosa. Pode ser o leave-in de sua preferência, ou condicionador, caso você opte por não enxaguá-lo. Neste momento, você pode estilizar o seu cabelo da maneira que desejar (lembre-se de trabalhar com seu cabelo em seções para facilitar a tarefa). Novamente, atenção especial às pontas.

Apesar do encolhimento, o cabelo da
Chicoro já está na cintura - compare
a foto acima com a anterior, onde ela
está com os cabelos esticados

A Chicoro conseguiu obter um cabelo extremamente longo graças, em parte, ao Método LOC. Eu também tenho adotado este método nos últimos meses e estou bastante satisfeita com os resultados. De maneira geral, meus fios se mantém hidratados até a próxima lavagem, mesmo quando uso o cabelo solto ao longo da semana. Notei também, especialmente, uma melhora do meu problema de descamação após adotar o uso regular da misturinha de água + pantenol no meu couro cabeludo, aliado à posterior aplicação de óleo vegetal, como já dei mais detalhes aqui.

Por isso, se você busca incrementar a retenção da hidratação nos seus fios e quer preservá-los para que atinjam comprimentos maiores, vale a pena tentar o Método LOC.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Músicas para inspirar


E hoje, além de imagens, teremos melodia!
A música é "The Beauty Within" da dupla Dead Prez.

Além da belíssima letra, o vídeo tem imagens muito inspiradoras. Como eu sempre digo, é muito bom poder ver pessoas com as quais podemos nos identificar de maneira positiva. E além de tudo fica registrado um "sonho de consumo" meu e de muitas outras naturalistas: um salão especializado em cabelos naturais como o que aparece no vídeo!!!

Esta música foi feita originalmente em homenagem às mães, mas mesmo quem não é mãe e é natural pode se sentir contemplada. E se você tem uma mãe natural, compartilhe esta canção com ela também!
 


Pra quem quiser acompanhar a letra (o mais importante!), a transcrição original em inglês está aqui. Abaixo, segue a tradução meia-boca feita por mim:


A beleza interior
(Dead Prez)

Dedicado não as top models americanas
Mas às garotas naturais do mundo real
Como eles dizem em Avatar: “Eu vejo você”.

Neste mundo de Hollywood tão pretensioso
Todas as outras garotas fazem alisamento ou colocam apliques
Mas você nem mesmo raramente usam batom
A sua beleza é naturalmente mística
 Traços faciais indígenas fortes de sua linhagem
Não o que a imagem predominante é
Cabelo natural como sua herança
Mas vê-lo sem química é raro como as pirâmides
 
Eu estava vindo da academia novamente
Compartilhando 2pac "Never call you bitch again"
Ela atravessou a rua, a melanina brilhando
Senti a energia, havia algo tão interessante sobre ela
Um protótipo de eva do Gênesis
Imperatriz do gueto semelhante à Nefertiti
Tão doce, tão da rua e genuína
Verdadeira garota negra eu saúdo a sua existência
 
Eu posso nos ver ficando juntos
Construindo uma uma amizade íntima
Mais do que apenas pegação
De volta para a terra como verduras e broa de milho
Ela não precisa de apliques ou lentes de contato
Sem julgar as outras meninas que usam essas coisas
Só estou dizendo a verdade, nunca duvide disso
Porque você tem aquilo

(refrão)
A beleza está no interior, não apenas na superfície

A pele na qual você está, você já é perfeita
Eles não tem nada contra você, querida
Nada contra você, querida
Belas garotas vêm em todos os tipos e gostos
Quando você se ama, sempre existirão odiadores
Eles não tem nada contra você, querida
Continue sendo você, querida

Essa vai para minha rainha africana
Pele escura, pele clara, tudo o que está entre as duas
Tão bonita quando entra em cena
Tão cheirosa, tão fresca, tão limpa
Apesar de não te vermos na televisão
Não há dúvidas sobre o que você tem nos seus jeans
Não digo que brim seja parte da sua árvore genealógica
Sim, é tudo sobre vermelho, preto e verde
 
Para Chianisa, e Falina, e para todas as lindas garotinhas
Para minha mãe, minha mulher favorita
E para todas as mulheres do mundo
Não, eles não te amam no rádio
E eles tentam te imitar no vídeo
Mas você é tão bela e natural...

domingo, 6 de maio de 2012

Cultivando nossos cabelos


Muitas de nós optam pela transição em busca de um cabelo mais forte e saudável. Quem já tem a raiz grande o suficiente, ou já está completamente natural sabe que os fios relaxados ou alisados, em geral, são bem mais frágeis e finos, partindo-se por qualquer movimento mais brusco que façamos, mesmo com o uso de bons produtos e tratamentos.

Devido a essa fragilidade, é comum que os cabelos com química tenham certa dificuldade para ganhar comprimento. Especialmente para quem tem fios naturalmente muito finos, o tamanho limite é a altura dos ombros. A dificuldade de se obter um cabelo que ultrapasse esse limite é, portanto, compartilhada por grande parte das que optam por alisamentos e relaxamentos.

Por este motivo, pode-se acreditar que os cabelos crespos e encarapinhados não crescem muito, ou possuem um ritmo de crescimento mais lento que outros tipos de cabelo. Além disso, o fato de nosso cabelo em estado natural crescer “para cima”, em formato “black power”, ou ainda a alta taxa de encolhimento das nossas molinhas (que, quando esticadas, dobram ou até triplicam de tamanho) contribuem para reforçar esta impressão. 

Que diferença! Cabelo encolhido (esq.) e esticado
O fato é que, embora certas pesquisas científicas apontem que o cabelo afro pode ter uma taxa de crescimento menor do que a de outros tipos de cabelo, todos os cabelos crescem (a média é de um centímetro ao mês). E mesmo que o nosso tipo de cabelo cresça mais devagar, essa diferença não justificaria o fato de ele parecer estar estacionado no mesmo comprimento para sempre – afinal, de pouquinho em pouquinho era para, um dia, ele sair do lugar e mostrar comprimento!

Pois é possível sim fazer o cabelo encarapinhado atingir tamanhos longos. Como eles são mais delicados, talvez precisem de alguns cuidados e técnicas diferenciados para se obter este resultado. E é sobre esses cuidados que irei falar de forma mais detalhada no blog este mês. Como bem disse a JC em seu blog, às vezes a preocupação com que produtos usar, como estilizar e que ingredientes são nocivos ou benéficos é tão grande que acabamos não prestando atenção ao que estamos, nós, fazendo com nossos fios para que eles não cresçam como deveriam. As experts, donas de cabelos longos,  pela internet (como Kimmaytube, Naptural85, Cipriana e Chicoro, entre outras) possuem diferentes, texturas, usam diferentes produtos, diferentes estilizações e ainda assim conseguem um cabelo comprido. Mas então o que elas tem em comum para obterem o mesmo resultado? A resposta para essa pergunta você descobrirá com a coletânea de dicas deste mês, as quais fui pescando ao longo da minha jornada capilar e que me ajudaram (e continuam me ajudando) a manter meu cabelo encaracolado-encarapinhado extremamente longo e crescendo.

Eu, que tinha o cabelo empacado em determinado comprimento até certo período da minha jornada natural, um belo dia percebi que o meu cabelo crescia como qualquer outro. O que acontecia era que ele não mostrava este crescimento simplesmente porque eu não estava tomando as devidas precauções para que ele não se danificasse e perdesse, nas pontas, os centímetros ganhos na raiz. A partir do momento que eu incorporei à minha rotina as práticas corretas, obtive resultados inéditos, que eu nunca tinha conseguido na época em que usava relaxamento e meu cabelo finalmente mostrou o comprimento que deveria mostrar.

Meu cabelo em 2008
Meu cabelo em 2012
Não existem truques ou milagres para fazer o cabelo crescer. Além da genética que, em última instância, determina certos limites do nosso corpo, o que existe é muita paciência e muita disciplina, porque os resultados só são percebidos a médio e longo prazo.

É por esse motivo que eu chamo este processo de cultivar o cabelo. Não é só "fazer crescer", mas também se dedicar a isso. É como cuidar de uma plantinha: depois de plantarmos a semente, ela não vai brotar de um dia pro outro. É preciso água, adubo (e há quem diga que uma conversa também ajude!). Depois de uns dias ela começa a nascer e, quanto mais o tempo passa, maior e mais bonita ela fica. E é exatamente isso que acontece com o nosso cabelo, se cuidarmos dele da maneira que ele precisa e merece.

Cultivar o cabelo não precisa e nem deve ser um fardo; pelo contrário, cultivar o cabelo pode se transformar num hobby, dependendo de como encaramos o processo. Pode ser o seu passatempo, a sua forma de relaxamento ou um experimento: cultivar o cabelo é divertido e vale a pena.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Olha nós aqui outra vez!

Olá, naturalistas! Como foram de feriado?
Estou aqui pra dizer que eu não sumi... Estive fora por uns dias curtindo esse lugar aqui da foto


Sim, é Paraty! Um local que faz bem pro corpo e pro espírito - e de quebra também para os cabelos!

A cidade, localizada na Costa Verde do estado do Rio de Janeiro, é famosa não só pelos seus atributos naturais, como praias, cachoeiras e área verde preservada, como também pelas construções antigas e cheias de charme.

A maré sobe e invade as ruas do Centro Histórico

A cidade, com suas ruas de pedra, foi considerada Patrimônio Histórico Cultural brasileiro e as construções do Centro Histórico são preservadas em sua aparência original do século XVII/XVIII. Hoje em dia, algumas delas permanecem como residências, enquanto outras deram lugar a pousadas, restaurantes e lojas de artesanato.

Essa casa virou um restaurante que tem uma pizza ótima!

Os restaurantes e bares de Paraty, em sua maioria, fazem questão de terem uma cara bem brasileira, com pratos típicos, MPB e a famosa caipirinha. Talvez por causa disso, o que mais a gente encontra em Paraty são turistas estrangeiros falando os mais diferentes idiomas. Apesar de estar localizada no estado do Rio de Janeiro, toda vez que vou lá me sinto a última carioca do universo...

Mesinhas na calçada para inglês ver

Além das opções culturais, Paraty tem várias praias de cair o queixo, não apenas nas proximidades do centro e do Centro Histórico, mas também em outros locais do município, como a vila de Trindade.

Um cachorro contemplando o mar

Apesar do tempo que não colaborou muito, deu pra aproveitar o feriado curtindo a cidade, já que não tinha possibilidade de cair na tentação das praias com o friiiiio que estava fazendo.

A que vos fala, fingindo que não estava com frio

E depois de desfazer as malas e voltar ao "mundo real", vou voltar a postar aqui no blog.

Fiquem ligad@s: neste mês de maio teremos várias postagens legais pra ajudar você a cultivar um cabelo crespo ou encarapinhado longo, forte e saudável!